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A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul organizou, nesta semana, um encontro com representantes do Movimento SOS Agro RS e de instituições financeiras que atuam no Estado para debater soluções de acesso aos recursos financeiros prometidos pela Medida Provisória (MP) nº 1.247/2024 do Governo Federal, que foi regulamentada por decreto na semana passada. A medida visa conceder desconto para liquidação ou renegociação de parcelas de operações de crédito rural de custeio, de investimento e de industrialização contratadas por produtores gaúchos que tiveram perdas materiais decorrentes das fortes chuvas ocorridas entre abril e maio deste ano.
Clair Kuhn, secretário da Agricultura, destacou que há muitas dúvidas por parte dos produtores rurais e dos próprios bancos sobre as formas de acesso e quem será contemplado com as medidas. “Os agricultores não estão se sentindo contemplados com as medidas adotadas pelo Governo Federal para solucionar seus problemas de endividamento. E nem os próprios bancos estão conseguindo responder às suas dúvidas”, explicou. “Então, existe um descompasso entre o que foi feito na MP e a prática”, destacou.
Um dos problemas apontados pelo grupo é que produtores afetados na prática não conseguem acessar os recursos porque o georreferenciamento de suas propriedades não está incluído na mancha de inundação do Estado.
Para esclarecer esse e outros pontos, foi formado um grupo de trabalho com representantes de instituições financeiras, agricultores líderes do SOS Agro, técnicos e entidades como Farsul, Fetag e Ocergs. O grupo elaborará um documento que será entregue ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a Expointer.
A coordenadora do Movimento SOS Agro RS, Graziele de Camargo, destacou que a reunião foi muito importante. “Esclarecemos com as instituições financeiras o ponto principal de não estarmos tendo acesso à Medida Provisória do Governo Federal”, disse. “E vamos criar uma solução no grupo de trabalho para levarmos para o Governo Federal e mostrarmos a importância e urgência para que isso seja resolvido e atenda ao produtor rural lá na ponta”, concluiu.
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