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A Rede de Centros de Inovação em Vitivinicultura (Recivitis), formada por dez instituições científicas e tecnológicas (ICTs) de três Estados (confira relação a seguir), está apta a receber, do setor produtivo, solicitações de projetos de inovação. A habilitação é o resultado de reunião de representantes das ICTs integrantes da Rede, realizada recentemente, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves/RS.
Agora, então, empresas, cooperativas agroindustriais ou organizações empresariais já podem procurar as ICTs da Recivitis, para apresentar demandas de inovação (veja o conceito abaixo), a serem financiadas pelo Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec)/Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Resumidamente, as instituições científicas e tecnológicas avaliam os pedidos, que, se aprovados, recebem a forma de projetos – elaborados pelas referidas ICTs –, para passarem à análise pela Finep; acatada a proposta pela Financiadora, é, finalmente, celebrado o convênio para implementação do projeto de inovação, para o que são liberados recursos do sistema Sibratec/Finep. A execução, depois, é orientada e acompanhada pelas instituições científicas e tecnológicas.
Um exemplo, já em andamento, aponta o coordenador da Rede, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho José Fernando da Silva Protas, é o ‘Projeto de inovação tecnológica para o desenvolvimento da vitivinicultura da Campanha’ do RS. O projeto, já elaborado, tem como meta a instituição de uma Indicação Geográfica (IG, conceito em que se inserem o Vale dos Vinhedos e, mais recentemente, Pinto Bandeira) “profundamente comprometida com a preservação ambiental”, anota Protas. Em tal sentido, a proposta prevê, entre outras diretrizes, esmero na gestão de recursos naturais, em particular o solo, por meio da seleção das áreas com maior aptidão para o cultivo da videira, através do instrumento de zoneamento vitícola, e racionalização do uso de insumos químicos, com consequente redução do impacto sobre o solo e recursos hídricos. O projeto, de acordo com o coordenador da Recivitis, está sendo encaminhado para o comitê gestor da Rede e, se aprovado, vai para a Finep.
Em uma primeira etapa, com prazo de dois anos, a Recivitis tem à sua disposição R$ 10 milhões, a serem alocados no projeto de gestão dela mesma e nos projetos demandados pelo setor empresarial e aprovados pelo sistema.
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