FMC Corporation registra receita de US$ 1,04 bilhão no segundo trimestre de 2024
O presidente e CEO da FMC, Pierre Brondeau, destacou o aumento significativo nos volumes de vendas, especialmente nos Estados Unidos e no Brasil
Apesar de toda diversidade da cotonicultura brasileira, o compromisso com a qualidade, a responsabilidade na produção e rastreabilidade dos fardos é uma característica no País. Essa foi a percepção que predominou em mais uma etapa da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) - que neste ano mobilizou 21 representantes da indústria têxtil mundial.
Nesta semana, a delegação passou pelo estado da Bahia, visitando duas fazendas no município de São Desidério: a Warpol, do grupo Busato, e a Nossa Senhora do Carmo, propriedade de Dirceu Montani. A agenda incluiu ainda o Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), em Luís Eduardo Magalhães.
Na fazenda Warpol, o chinês Qi Zhang acompanhou de perto o processo de rastreabilidade. “As amostras de algodão são retiradas assim que saem da prensa. Cada amostra tem um número específico correspondente, que é o mesmo número que vai no fardo, no QR Code. Então é realmente uma rastreabilidade fardo a fardo”, destacou ele.
A “brancura” da pluma baiana também saltou aos olhos de Zhang. “Na etapa de expedição, os fardos são todos separados de maneira uniforme, o que é muito bom para nós, da indústria têxtil. Mas o que mais me chamou a atenção é o quanto o algodão baiano é branco”, comentou.
Júlio Busato, ex-presidente da Abrapa e sócio-proprietário da fazenda Warpol, recebeu de braços abertos a delegação da missão. “É um prazer receber na nossa fazenda os gestores da indústria têxtil global para que eles possam ver de perto o profissionalismo dos produtores de algodão da Bahia. É uma honra para nós”, afirmou. Na fazenda baiana foi possível conferir o uso da irrigação. Hoje, somente 8% da área plantada brasileira irriga alguma etapa do processo produtivo.
Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, explica que no Brasil a irrigação não é a técnica predominante. “Aproveitamos ao máximo a água naturalmente disponível porque nosso foco é a produção responsável e o uso racional dos recursos naturais. Mas quando é necessário, a irrigação entra de forma inteligente, nos talhões onde realmente é necessário”, comentou.
A comitiva conheceu também a estrutura onde será a nova sede e o novo laboratório de análise de algodão da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a capacidade de análise será dobrada a partir de 2025.
Durante o dia de hoje (1), a “Missão Compradores” visita Goiás e segue para Brasília (DF). A comitiva reúne representantes das indústrias têxteis de Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Neste ano, o intercâmbio está em sua oitava edição – a primeira ocorreu em 2015.
A “Missão Compradores” é uma das ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).
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