Rancho da Matinha apresenta os critérios utilizados na pecuária de produção
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 2,57% na segunda quadrissemana de maio.
A informação é do Instituto de Economia Agrícola da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (IEA/Apta), órgão que reúne os institutos de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
As altas mais expressivas ocorreram nos preços do feijão (34,89%); da laranja para indústria (21,38%); do amendoim (14,41%); da cana de açúcar (5,84%) e dos leites tipos C e B (respectivamente 5,76% e 5,11%).
Os preços recebidos pelos produtores paulistas de feijão continuam a escalada de alta, segundo os pesquisadores José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti. “No período de colheita da safra das águas, os preços não estiveram remuneradores e desestimularam (ou atrasaram) os plantios da safra subseqüente (período das secas), em especial em São Paulo e Paraná, gerando escassez que catapultou os preços.” Por enquanto, até a colheita da safra da seca em curso e o plantio da safra de inverno, nada indica possibilidade de refluxo desta escalada altista, alertam os analistas.
No caso da cana-de-açúcar, a entrada da safra, que melhora a qualidade da matéria-prima em termos de açúcar recuperável total (ATR), propiciou o aumento imediato dos preços, observam os técnicos. “Entretanto, ainda não se refletiram nessas cotações os impactos da queda dos preços do açúcar no mercado internacional em função da expectativa de alastramento da crise grega, o que afetou as cotações das principais commodities negociadas em Bolsa, uma vez que parcela relevante desses agentes compradores é constituída por investidores privados em derivativos.”
Também no mercado interno recuaram os preços do açúcar e do etanol com a entrada da safra, dizem os analistas. Isto permite um melhor ajuste nos fluxos, reduzindo custos operacionais e financeiros da estocagem.
Já o aumento dos preços da laranja para indústria deriva da maior proporção das compras agroindustriais por contratos e pouca aquisição no mercado livre (“spot”), observam os pesquisadores . “Tem-se sinais inversos nas tendências dos preços recebidos pela laranja para indústria, em relação à laranja de mesa, pois para esta última não vigoram mecanismos de proteção contratual.”
A seqüência dos preços mais altos do amendoim deriva dos impactos da redução de 22,9% da safra nacional e diminuição de quase 25% da área plantada da safra das águas, devido principalmente à menor disponibilidade das áreas de renovação de canaviais, explicam os analistas. “Como no feijão, de imediato, até a próxima colheita, nada indica possibilidade de haver refluxo desta escalada altista.”
No caso dos leites B e C, o movimento altista vem do setor varejista, via transmissão para os elos a montante do fluxo produção-consumo de lácteos, num processo de repasse gradual dos reajustes, mostra a análise. “Este fator indica elevada possibilidade de continuidade do ciclo de alta do produto durante os meses da entressafra, que se inicia com a expectativa de inverno rígido com efeitos sobre as pastagens.”
As quedas mais significativas foram verificadas nos preços do tomate para mesa (27,34%); da laranja para mesa (23,72%); da banana nanica (18,21%); da carne de frango (6,56%) e do trigo (2,19%).
A íntegra da análise está disponível em
Fontes: Assessoria de Comunicação (11 5067-0069) e Assessoria de Comunicação da Apta
José Venâncio de Resende (11 5067-0424)
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