Steinernema feltiae mostra eficácia no controle biológico do ácaro-rajado
Estudo mostra que Steinernema feltiae pode matar até 83% dos indivíduos de Tetranychus urticae
A produção de amora vem apresentando um crescimento consistente no Paraná nos últimos dez anos, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Censo Agropecuário 2017 apontava uma área de 1,3 mil hectares no país e uma produção em torno de 2,8 mil toneladas. Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná lideram a produção. O cultivo é um dos destaques do Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) divulgado hoje (9/10).
Segundo o agrônomo Paulo Andrade, do Deral, o que chama a atenção é o crescimento da área e da produção da fruta no estado. A área com a fruta, em dez anos, saltou de 71 ha para 117 ha. Já a produção passou de 251 toneladas, para 914 toneladas, apresentando um aumento de 264%, em 2024. O VBP (Valor Bruto de Produção) da amora no estado é de R$ 10,4 milhões.
A Região Metropolitana de Curitiba concentra 34,9% da produção estadual, com 38 ha e 319 toneladas, seguida do município de Prudentópolis, o maior produtor individual de amora do Paraná, responsável por 28,9% da produção ou 108 toneladas. O município de Paulo Frontin é o segundo produtor paranaense, com 100 toneladas. Outros 60 municípios paranaenses cultivam amora.
De acordo com Paulo Andrade, as floradas abundantes na atual estação devem resultar em uma boa safra, estimulada pelo frio no inverno, adequado às exigências da cultura. O técnico alerta que a atenção agora é redobrada para a possibilidade de geadas tardias que podem prejudicar a safra.
A área de arroz irrigado deve apresentar uma redução no estado, passando de 18,4 mil hectares para 17,9 mil hectares. Hugo Godinho, do Deral, ressaltou que os preços depreciados devem fazer com que os produtores paranaenses sigam a tendência observada nas principais regiões do país, reduzindo a área cultivada.
“No Paraná, os preços do arroz recuaram 45% em setembro, frente ao mesmo mês de 2024. O mesmo foi observado em outras regiões produtoras, o que levou a Federarroz a orientar os produtores a diminuírem as áreas para conter a oferta”, informou.
Outro fator que desestimulou os produtores paranaenses de arroz foi o prejuízo causado pelas cheias do rio Ivaí nas duas últimas safras. “Por ser cultivado nas várzeas dos rios, é comum que o arroz sofra alagamentos. No entanto, a frequência e intensidade desses eventos chamam a atenção para um fator que pode estar relacionado ao problema: a baixa cobertura florestal na região”, destacou.
Ele informou que na Bacia do rio Ivaí a cobertura vegetal natural é de 19%, bem abaixo dos 29% que se verifica no restante do território paranaense. Os principais produtores de arroz no estado são: Querência do Norte, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, Santa Cruz do Monte Castelo e Planaltina do Paraná. Nesses municípios o percentual de cobertura natural cai para 14%. Godinho ressaltou que ações de recomposição da vegetação ciliar na região podem trazer benefícios diretos para os produtores, minimizando o impacto das cheias, ao melhorar a permeabilidade do solo, reduzindo processos erosivos e o assoreamento dos cursos d’água da bacia.
A produção paranaense de etanol, à base de cana, está estimada em 1,15 bilhão de litros, 3% menor que o último período. Já o etanol de milho deve ter uma redução em torno de 50,6%, totalizando 15,58 milhões de litros. Mas esse panorama deve mudar em breve, pois há fortes investimentos em andamento no setor. Segundo Edmar Gervasio, do Deral, uma cooperativa está aplicando cerca de R$ 1,7 bilhão na construção de uma planta com capacidade de produzir 280 milhões de litros de etanol de milho/ano, além de concentrado proteico (DDG) e óleo de milho.
A participação do Paraná na produção nacional de etanol segue modesta, cerca de 3,3% do total produzido no Brasil. No último relatório da Conab, a estimativa da produção nacional de etanol, anidro e hidratado, à base de cana-de açúcar ficou em 26,76 bilhões de litros, 5% a menos que na safra anterior. O etanol de milho deve registrar um salto de 14%, alcançando 8,97 bilhões de litros ou 25% da produção nacional.
“As estimativas para o atual ciclo indicam que a região Centro-Oeste ultrapassou o Sudeste e se consolidou como principal produtora de etanol no país”, afirmou Gervasio. Ainda assim, São Paulo continua sendo o maior produtor individual, respondendo por 32% do total nacional. O Mato Grosso lidera a produção específica de etanol de milho, com 68% da produção.
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