Plano Agrícola e Pecuário garante R$ 7 bilhões para o agronegócio mineiro

14.09.2011 | 20:59 (UTC -3)
Ivani Cunha

O governador Antonio Anastasia, o superintendente do Banco do Brasil em Minas Gerais, José Roberto Sardelari, e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, assinaram, nesta quarta-feira (14/09), em Belo Horizonte, termo de cooperação mútua para a liberação de R$ 7 bilhões para safra 2011/2012 em Minas Gerais. Os recursos do Banco do Brasil são 40% maiores que os destinados à safra passada. Desse total, R$ 1,7 bilhão serão para a agricultura familiar.

A linha de crédito do Plano Agrícola e Pecuário será utilizada para custeio, investimento e comercialização das atividades do agronegócio mineiro. “Esse crédito dá sustentação a uma atividade que por sua vez sustenta o Brasil. Primeiro, tradicionalmente, a agricultura sempre foi a grande âncora da economia brasileira. Segundo, a agricultura emprega e emprega muito. Não é pouca gente não. São milhões. Terceiro, a função política e institucional da agricultura, que dá alternativa e oportunidade para que as pessoas fiquem nas suas regiões, desenvolvendo as suas regiões”, disse o governador Antonio Anastasia durante pronunciamento.

Anastasia explicou que a atividade agrícola tem o seu fundamento no início da pirâmide econômica. “Tanto que nós observamos que quando a atividade agrícola vai bem de um modo geral, a agropecuária como um todo, as demais funções econômicas também andam bem, porque aí o dinheiro corre melhor e nós vamos ter condições melhores para o comércio e naturalmente para a indústria”, ressaltou o governador.

“O destino do Estado é tornar-se celeiro do Brasil com produtos agrícolas e pecuários de alta qualidade.” A previsão foi feita pelo secretário de Estado de Agricultura, Elmiro Nascimento. Ele destacou a importância dos recursos liberados. “Essa cooperação irá alavancar cada vez a nossa economia. O agronegócio hoje representa um terço do PIB mineiro”. O secretário também enfatizou a valorização da agricultura familiar na liberação dos financiamentos, e lembrou que o Governo de Minas priorizou a atividade com a criação, no início deste ano, da Subsecretaria de Agricultura Familiar.

Elmiro Nascimento lembrou que Minas Gerais está em segundo lugar entre os Estados que mais aplicam recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Na última safra, foram aplicados no Estado 14% de todo o recurso do Pronaf destinado ao país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que aplicou 23%. “Pulamos de quarto para o segundo lugar e, em breve, estaremos em primeiro lugar”, disse.

“Nós temos diversas linhas que vão atender a diversos segmentos de produtores, desde o micro e pequeno até o grande produtor, com destaque para a taxa de juros de 1% ao ano para os agricultores familiares”, informou o superintendente José Roberto Sardelari. Ele destacou que a parceria do Banco do Brasil com o governo de Minas tem proporcionado avanços ao volume de recursos aplicados no Plano Agrícola e Pecuário.

De acordo com o secretário Elmiro Nascimento, o grande desafio é produzir mais alimentos e gerar mais empregos em Minas Gerais. O Plano Agrícola, ele acrescentou, é o suporte indispensável ao cumprimento dessa meta, e envolve a aplicação de recursos para atendimento aos programas estaduais como Fortalecimento da Agricultura Familiar e Minas Leite (assistência técnica e gerencial gratuitas para os produtores e incentivo ao uso de tecnologias de baixo custo). Destina-se também ao Pró-Genética (aquisição de touros de alta qualidade genética para a melhoria da qualidade do rebanho) e Boi no Pasto (retenção de animais e matrizes e aquisição de gado para criação, recria e engorda), entre outros.

Além disso, o crédito atende ao Pró-Noroeste (para incentivar a expansão do plantio da soja na região Noroeste de Minas e apoiar a comercialização do produto por meio do terminal ferroviário da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), em Pirapora). Os recursos disponibilizados por intermédio do Plano Agrícola e Pecuário ainda são dirigidos ao Programa ABC, que incentiva o produtor a adotar boas práticas agronômicas para minimizar o impacto da emissão de gases de feito estufa. Outro programa beneficiado é o BB Solo Forte, de incentivo à correção de solos e recuperação de pastagens degradadas no Estado de Minas Gerais.

Programa Agrícola e Pecuário (2011/2012) – MG

Recursos totais do Banco do Brasil: R$ 7 bilhões

Crescimento em relação à safra anterior: 40%

Valor destinado à agricultura familiar: R$ 1,7 bilhão

Alguns programas beneficiados:

- Programa ABC: Dará incentivos ao produtor que adotar boas práticas agronômicas para minimizar o impacto da emissão de gases de efeito estufa.

- BB Solo Forte: Voltado para o incentivo à correção de solos e recuperação de pastagens degradadas no estado de Minas Gerais

- Pró-Noroeste: Tem o objetivo de incentivar a expansão do plantio da soja na região noroeste de Minas e apoiar a sua comercialização através do terminal ferroviário da FCA, em Pirapora.

- Minas Leite: Oferece assistência técnica e gerencial gratuitas para os produtores e incentiva o uso de tecnologias de baixo custo.

- Pró-Genética: Viabiliza a aquisição de touros de alta qualidade genética melhorando a qualidade do rebanho.

- Boi no Pasto: Possibilita a retenção de animais de matrizes e a aquisição de animais para criação, recria e engorda.

- Fortalecimento da Agricultura Familiar: Implantar ações para incrementar a produção alimentar da agricultura familiar, além da melhoria de renda e das condições sociais dos agricultores.

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