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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Croplife Brasil já começam a colher os resultados de uma parceria iniciada em 2021 para capacitar instrutores de todo o Brasil no uso correto e seguro de defensivos agrícolas, com informações mais atualizadas para acompanhar o crescimento do setor agropecuário.
A ação já capacitou mais de 120 instrutores em 2022 e outros 348 estão participando da segunda turma, que se encerra neste mês de junho. E agora, como previsto, todo esse conhecimento está sendo repassado às propriedades rurais com o objetivo de reforçar a importância de se trabalhar seguindo normas de saúde e segurança e melhorar a eficiência segundo as boas práticas na tecnologia de aplicação de defensivos.
Essa iniciativa busca, além da atualização técnica dos instrutores, aumentar a capacidade operacional do Senar com a crescente demanda por capacitação. Neste contexto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do programa Aplicador Legal, também vem fortalecer os aspectos de segurança no uso dos defensivos e o Senar deve estar preparado para suprir essa necessidade.
“O primeiro passo foi a capacitação envolvendo instrutores, que serão os responsáveis pela multiplicação do conteúdo aprendido. Agora começamos a ter os desdobramentos dessas capacitações, que começam a chegar às propriedades, onde os instrutores vão repassar o que aprenderam”, explica Janete Almeida, diretora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar.
Segundo o assessor técnicos Mateus Tavares, é preciso conhecer e utilizar a tecnologia a favor do produtor para evitar o mau uso dos defensivos, seja sob aspectos produtivos ou de segurança. “Com mais pessoas se atualizando sobre os procedimentos corretos para a utilização de defensivos, todos ganham. Isso significa em primeiro lugar, produtores e trabalhadores mais seguros, e em segundo lugar, o uso da aplicação de defensivos de forma mais racional e responsável”.
De acordo com Roberto Araújo, líder de Sustentabilidade e Stewardship na CropLife Brasil, a educação profissionalizante é a última fronteira para aumentar a competitividade do agro e promover o uso correto das tecnologias para proteção da saúde das plantas. Segundo ele, o programa Aplicador Legal do Mapa tem o desafio de habilitar mais de 2 milhões de aplicadores de defensivos agrícolas químicos e biológicos até o final de 2026.
Na semana passada, a Fazenda Canaã, na região do Núcleo Rural de Rio Preto, a 65 km do centro de Brasília (DF), recebeu um treinamento, coordenado pelo instrutor Ronaldo Trecenti, do Senar/DF, que fez a capacitação fruto da parceria entre Senar e Croplife Brasil. Ele repassou o conteúdo para funcionários da propriedade ligados à Fundação ABC, uma empresa paranaense de pesquisa sem fins lucrativos que desenvolve trabalhos em outras regiões do país.
O treinamento de três dias, encerrado na última sexta (3), abordou um dos procedimentos de segurança mais importantes na aplicação, que é o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI). O uso seguro de insumos na lavoura deve ser realizado utilizando de forma adequada, com toda a vestimenta necessária a proteção dos aplicadores.
“É muito importante essa conscientização, porque estamos falando da saúde e da proteção, tanto de pessoas ligadas a produção quanto da segurança do alimento que chega à sociedade. Além disso, estamos cumprindo com a legislação. O Senar tem como lema o aperfeiçoamento contínuo. E para levar isso para produtores e colaboradores, nós instrutores também temos de estar nos aprimorando sempre para repassar essa capacitação na ponta”, destaca Ronaldo Trecenti.
Luís Dantas, especialista em pesquisa da Fundação ABC, revela a importância da reciclagem do conteúdo dos cursos oferecidos em parceria com o Senar e os inúmeros benefícios. “Mesmo que a gente faça o treinamento uma vez no ano, precisamos repetir isso no ano seguinte para manter o bom trabalho e estar sempre melhorando a prática de fazer a aplicação de defensivos com segurança. Um operador bem treinado sempre vai trazer economia de custos”.
O assistente operacional Amarildo Silva foi um dos alunos do curso e foi voluntário para vestir os equipamentos de proteção individual durante o curso. Apesar da experiência com a aplicação correta de defensivos, está sempre atento às novas técnicas e busca sempre se atualizar para exercer seu trabalho de maneira cada vez mais eficiente. Segundo ele, o uso seguro, correto e eficiente de defensivos exige alguns processos que apenas aqueles empenhados em aprender conseguem assimilar para fazer um bom trabalho na lavoura.
“O horário, a velocidade do vento, o espaço, clima, temperatura, tudo é importante na lavoura. Se você aplicar o defensivo com o sol quente, por exemplo, pode prejudicar a planta. Precisa ter o momento certo para não ter prejuízo. E o EPI também é importante para a aplicação e a nossa saúde. Se não usar o equipamento adequado, podemos ter consequências no futuro e o EPI, conjuntamente com outras medidas de segurança, nos protege”.
Além da capacitação destinada aos instrutores do Senar, a Croplife Brasil, também distribuiu o mais moderno kit de EPI utilizado na aplicação de defensivos, que será utilizado como recurso instrucional em todos os treinamentos ofertados pelo Senar.
A CropLife Brasil (CLB) é uma associação que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em quatro áreas essenciais para a produção agrícola sustentável: germoplasma (mudas e sementes), biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicios.
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