Soja chega ao estágio final do ciclo produtivo e colheita avança no Rio Grande do Sul
Cerca de 51% das lavouras encontram-se em processo de maturação, e as restantes estão predominantemente na fase final de enchimento de grãos
A toxidez do alumínio em solos ácidos tem sido um desafio persistente para a agricultura em regiões tropicais, onde o metal danifica o sistema radicular das plantas, limitando a absorção de água e nutrientes essenciais. Em um cenário de mudanças climáticas, com chuvas mais escassas, a sustentabilidade agrícola assegurada pela tolerância ao alumínio assume importância primordial para a segurança alimentar no mundo.
Em resposta a esse problema, a Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas-MG, em parceria com importantes instituições americanas, obteve aprovação para um projeto inovador financiado pela National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos, no valor de US$ 2 milhões. O objetivo principal desse projeto é decifrar os mecanismos genéticos e epigenéticos que regulam a tolerância ao alumínio em milho e sorgo, culturas essenciais para a segurança alimentar global, particularmente em regiões tropicais.
Com uma duração de três anos, o projeto conta com uma equipe de especialistas renomados, incluindo o pesquisador Jurandir Magalhães da Embrapa Milho e Sorgo, os Drs. Thomas Gingeras (líder da proposta) e Robert Martienssen do Cold Spring Harbor Laboratory; a Dra. Andrea Eveland do Donald Danforth Plant Science Center e o Dr. Michael Zody do New York Genome Center.
Essa iniciativa marca uma continuação da longa tradição de pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo na área de tolerância ao alumínio tóxico, que resultou na geração pioneira de cultivares de milho e sorgo tolerantes ao alumínio para o cerrado brasileiro, bem como no isolamento de genes de tolerância nessas espécies. Agora, o foco se volta para a compreensão dos mecanismos genéticos e epigenéticos que subjazem a essa tolerância ao alumínio, na esperança de que essas descobertas impulsionem a produção agrícola em regiões tropicais.
O pesquisador Jurandir Magalhães expressou otimismo em relação aos resultados esperados. "Este projeto representará um avanço significativo na fronteira do conhecimento científico. Esperamos que nossas descobertas não apenas aprimorem a compreensão da tolerância ao alumínio em plantas, mas também abram caminho para soluções inovadoras que beneficiem agricultores e comunidades em todo o mundo", comemorou.
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