Nutrição diferenciada contribui para intensificação e uniformidade da coloração da Uva de Mesa

27.11.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Quando o consumidor vai ao mercado comprar uvas, as características mais observadas são a cor, o aroma, a firmeza e o sabor. Para satisfazer o mercado e aprimorar essas e outras características, técnicas e tecnologias são desenvolvidas constantemente.

O engenheiro agrônomo e consultor de fruticultura temperada da Tradecorp do Brasil, André Guttler, está desenvolvendo um manejo nutricional complementar para melhorar a coloração da uva de mesa, principalmente nas variedades de bagas rosadas e tintas. Este manejo vai agregar vantagens no sistema de produção e conferir maior rentabilidade ao produtor. A região produtora, a variação de temperaturas e a baixa umidade relativa do ar são os principais motivos da coloração desuniforme das bagas. “A influência desses fatores se dá no processo de maturação da uva. Por exemplo, as altas temperaturas diurnas podem inibir a formação do pigmento antocianina e induzir a produção de bagas de menor coloração. Esse pigmento é o responsável pela cor arroxeada da uva, o qual é sintetizado a partir da presença de aminoácidos específicos no metabolismo vegetal”, explica Guttler.

Para melhorar esse quadro, é necessário ajustar o manejo da cultura e proporcionar à planta condições para enfrentar situações adversas de clima, para que possa produzir frutos com mais qualidade. Ênfase especial deve ser dispensada à fase em que a cultura define seu potencial produtivo, do início da florada até a frutificação efetiva. A definição da carga produtiva também pode interferir na qualidade final dos frutos, e precisa estar associada a uma adequada fertilização via solo e foliar.

Guttler indica que, a partir da fase da pinta, o aporte de boro via foliar deve ter sua velocidade de translocação aumentada, pois está ligado ao transporte de açúcares e, dessa forma pode conferir coloração mais intensa nas bagas. A partir desse momento, é recomendada a aplicação foliar de Tradebor, cuja dosagem e necessidade de repetições dependerão da variedade cultivada e das condições de clima, como temperatura e ocorrência de períodos de estiagem. Antes disso, Guttler aconselha que na fase de grão de ervilha sejam iniciadas as pulverizações com Pumma Kalidad, com reaplicações a cada 15 ou 20 dias.

Outros pontos importantes são: a limitação da aplicação de fontes de nitrogênio, que deve ser reduzida ao máximo a partir da fase do chumbinho; e evitar formulações que provoquem liberação do resíduo biureto, pois podem induzir a formação de lesões quase imperceptíveis nas folhas. “Além da coloração mais intensa e uniforme, deve-se ter como objetivo também a diminuição no teor da acidez. Essas ações, em conjunto, podem resultar em uvas de melhor sabor, mais doces e com uma relação de sólidos solúveis totais e acidez titulável mais equilibrada”, enfatiza.

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