Qualidade e segurança de vegetais já são monitorados por novas regras
Duas instruções normativas, publicadas ano passado, visam oferecer mais informações sobre a origem e qualidade de frutas, legumes e verduras
O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) elegeu na última sexta-feira (30) a nova diretoria para o exercício de 2019/2020. Leonardo Sologuren assume como presidente da instituição, tendo como vice-presidente Marcelo Habe.
Sologuren afirma que o seu principal desafio é democratizar as informações e dados coletados nos dez anos de história da instituição, com o intuito de fornecer aos sojicultores mais subsídios para continuarem elevando a sua produtividade. “A agricultura é totalmente dinâmica e é uma ciência complexa. Mas temos hoje tecnologias que ajudam a superar as adversidades. Por isso o produtor precisa procurar conhecimento constantemente. Então se mostra muito importante esse compartilhamento de informações que nós do CESB realizamos”, declara.
Leonardo Sologuren atuava na diretoria anterior como vice-presidente. É engenheiro agrônomo e mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia. A presidência será composta ainda por Nilson Caldas, como diretor de marketing e Prof. Antônio Luiz Fancelli, como diretor administrativo-financeiro. Foram eleitos também os conselheiros fiscais José Erasmo Soares, Leandro Zancanaro e Breno Araújo, bem como seus respectivos suplentes Décio Luiz Gazzoni, Orlando Carlos Martins e Ricardo Arioli Silva.
Para Sologuren, o CESB, já se consolida como uma das principais fontes de informação de altas produtividades do cultivo, sendo referência a produtores, consultores, profissionais e pesquisadores do segmento agrícola no Brasil.
A produtividade média dos primeiros colocados das áreas avaliadas nos dez anos das edições do Desafio CESB de Máxima Produtividade da Soja variou de 77,8 a 109,4 sacas por hectare (ha), com taxa de crescimento anual de aproximadamente 4,9%. Enquanto que a média nacional, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentou variação de 43,8 a 56 sacas/ha, crescendo ano a ano aproximadamente 3,5%. “A criação do Desafio CESB de Máxima Produtividade da Soja veio da observação das médias nacionais de produtividade do cultivo que se mantinham estagnadas no patamar de 50 sc/ha e a busca pelo incremento deste valor na filosofia do auto desafio, isto é, o produtor ‘compete contra ele mesmo’, buscando superar seus desafios e rompendo, assim, seus limites e referências próprias de produtividade.”, afirma.
“Hoje notamos que os pesquisadores do Brasil todo estão usando dados gerados pelo CESB. Principalmente os trabalhos e estudos realizados envolvendo a questão da rentabilidade, sempre positiva e compensatória na relação custo/benefício, atestadas pelas parcerias realizadas com universidades”, acrescenta o presidente da gestão anterior, Luiz Nery Ribas. Ele diz que o CESB cumpre bem o seu papel de provocador no setor agrícola, fazendo com que o produtor seja sempre instigado a buscar novas formas de implementar os seus processos de produção. “Essa integração de informações entre os produtores é também uma grande conquista”, ressalta Ribas.
Demanda crescente por alimentos
O novo presidente destaca que o CESB assume hoje um papel social, já que o mundo vem demandando cada vez mais alimentos e os grãos se demonstram como protagonistas nesse quesito. No Brasil são consumidos 100 quilos de carne por habitante ao ano, em um universo de 200 milhões de habitantes. A China consome 55 quilos, com 1,44 bilhões de habitantes. Na Índia, País com 1 bilhão de habitantes, são consumidos 5 quilos de carne por habitante.
“A demanda que vamos ter nos próximos anos será absurda. Então temos a responsabilidade de alimentar o mundo, porque quando falamos em consumo de frango, suínos, bovinos, estamos falando, basicamente, em farelo de soja e milho que alimentam esses animais. E a produção de soja é praticamente somente realizada na América do Norte e América do Sul, que é ainda relativamente pequena”, relata.
Sustentabilidade
Diante desse cenário, o CESB destaca a produção sustentável de soja, sem a necessidade de aberturas de novas áreas. E para conquistar isso, Sologuren destaca que seria necessário ultrapassar a barreira da difusão tecnológica. “O tamanho do produtor não tem nada a ver com a sua eficiência na produção, isso está muito mais ligado ao acesso que ele tem às tecnologias disponíveis. Nosso desafio é transportar esse conhecimento de alguém que é muito produtivo para quem tem uma produtividade mais baixa”, explica.
Com a soja crescendo cada vez mais no Brasil, mesmo diante de desafios como o clima, que afetou diretamente a safra 2018/2019, o novo presidente do CESB destaca que o potencial do sojicultor brasileiro é bastante grande. A guerra comercial entre China e Estados Unidos ajudou a produção brasileira, segundo Sologuren, o que dá um impulso maior para a necessidade de adotar técnicas cada vez melhores para o sojicultor subir em produtividade.
Porém, destaca que é preciso, primordialmente, que o produtor trabalhe bem o solo, aliando sempre os seus trabalhos com as inovações tecnológicas disponíveis na agricultura. “Onde tivemos altíssimos ganhos de produtividade no Desafio, percebemos que o perfil do solo do produtor era incomparável. Isso mostra que ele teve um bom preparo para alcançar ótimos resultados”, pontua.
Serviço – Nova diretoria
Presidente – Leonardo Sologuren
Vice-presidente – Marcelo Habe
Diretor de Marketing – Nilson Caldas
Diretor administrativo-financeiro – Antônio Luiz Fancelli
Conselheiros fiscais – José Erasmo Soares (suplente Décio Luiz Gazzoni), Leandro Zancanaro (suplente Orlando Carlos Martins) e Breno Araújo (suplente Ricardo Arioli Silva)
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