Na COP30, UPL defende corte de 10% nas emissões agrícolas

Jai Shroff afirma que tecnologias atuais permitem reduzir emissões e reforça que agricultura deve ser reconhecida na agenda climática

17.11.2025 | 14:12 (UTC -3)
Rafael Iglesias, edição Revista Cultivar

Jai Shroff, chairman e CEO global do Grupo UPL – fornecedor global de soluções agrícolas sustentáveis – acredita que os agricultores podem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em até 10%, utilizando apenas tecnologias que já estão disponíveis no mercado. Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), Shroff também destacou que a agricultura deve ser reconhecida como parte essencial da transição climática global.

“Acreditamos que todo agricultor pode reduzir suas emissões. Esses 10% representam cerca de 2,5% de todas as emissões globais”, disse. Considerando que entre 25% e 30% das emissões mundiais vêm da atividade agrícola, “uma redução de 10% pelos agricultores poderia ser um fator-chave na descarbonização do planeta”, completou Shroff.

De acordo com o executivo, há exemplos consolidados com a utilização de tecnologias da UPL que reduziram até quatro toneladas de carbono para cada tonelada de café produzida. “E há muitas histórias como essa que queremos compartilhar com líderes globais, dizendo: ‘por favor, incluam-nos nas políticas climáticas globais e contem conosco’”, salientou. 

Shroff ainda enfatizou que a adoção de soluções agrícolas sustentáveis, como os biológicos, pode gerar impacto imediato e positivo na mitigação das mudanças climáticas, posicionando os agricultores como protagonistas dessa transformação.

Campanha global homenageia produtores

Para contar essas histórias mencionadas por Shroff, a UPL criou a campanha global #AFarmerCan, que celebra “O herói que você não sabia que precisava: agricultores que estão plantando as sementes da mudança climática”. A iniciativa homenageia produtores em todo o mundo que utilizam soluções da UPL e aplicam práticas agrícolas sustentáveis, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa, a conservação da água e a regeneração do solo.

Na AgriZone e por meio de mais de mil peças de comunicação espalhadas por Belém, a UPL está apresentando essas histórias inspiradoras, incluindo o caso do café carbono negativo da marca Mió, produzido em Minas Gerais com o portfólio agrícola da UPL. O produto — que captura mais CO₂ do que emite – pode inclusive ser degustado na Blue Zone, por delegações oficiais, chefes de Estado e participantes credenciados, reforçando o papel transformador da agricultura na ação climática.

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