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Praga natural que está causando preocupação e prejuízo aos sojicultores da Bahia e Mato Grosso, a lagarta Helicoverpa Armígera também está presente em Mato Grosso do Sul. Contudo, ações preventivas são eficazes no combate ao problema, como o uso do melaço da cana-de-açúcar, alternativa barata que potencializa o efeito dos inseticidas no combate à lagarta.
Este foi um dos temas explorados pela Expedição Soja Brasil, que chegou a Mato Grosso do Sul no último dia 18 e permanece no Estado até o dia 22 de novembro, passando pelos municípios de Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Maracaju, Dourados, Rio Brilhante e Naviraí.
Durante a visita da expedição a Chapadão do Sul, o diretor da Fundação Chapadão, criada pelos produtores para desenvolver pesquisas voltadas ao desenvolvimento do setor rural da região, Adriano Loeff, destacou que após conhecer o trabalho de uma empresa goiana que utilizava o melaço no combate à lagarta, passou a desenvolver pesquisas com o produto. “A utilização consiste em aplicar o melaço na plantação de soja junto com os inseticidas, o que atrai moscas, mariposas e demais inimigos da lagarta, combatendo a helicoverpa”, relata Loeff.
Chapadão do Sul registrou o aparecimento da Helicoverpa em todas as lavouras e, apesar da aplicação de defensivos, ainda há ocorrência de lagartas. “É uma praga de difícil controle e ainda não temos a confirmação se é da espécie Armígera, mas sabemos que é a lagarta helicoverpa”, diz o pesquisador da Fundação Chapadão, Edson Pereira Borges. Apesar do controle, há possibilidade de prejuízos aos sojicultores. “Mesmo com as ações de controle efetivo, o produtor poderá sofrer algum dano à safra”, prevê.
Quanto a utilização do melaço para colaborar no combate à lagarta, o engenheiro agrônomo e consultor da Expedição Soja Brasil, Áureo Lantmann, avalia o produto como solução aditiva, pois, apenas potencializa o efeito dos defensivos. O consultor destaca ações relevantes, como a rotatividade de culturas e o vazio sanitário no combate à praga. “O uso do melaço é um apoio, pois, atrai os predadores naturais da helicoverpa, que atacam a lagarta. Mas existem outras ações preventivas importantes, como os inseticidas biológicos e fisiológicos. O ideal é o sistema de rotação perfeito, com a alternação de culturas, integração lavoura-pecuária e o vazio sanitário, que evitam a infestação da lagarta”, destaca.
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