Produtores rurais estão livres do registro do licenciamento anual de máquinas
A descoberta da lagarta Helicoverpa Armigera em lavouras de soja do Noroeste gaúcho, que levou Estados como Bahia, Mato Grosso e Paraná a declararem situação de emergência fitossanitária, até agora parece não ter causado os mesmos efeitos nas lavouras do RS.
Confirmado em nota terça-feira (19) pelo Ministério da Agricultura, depois de pesquisa em laboratório, o aparecimento da praga motivou reunião nesta quinta-feira (21), na sede da Superintendência Estadual do Ministério da Agricultura. Especialistas foram unânimes em afirmar que "não há motivos para pânico, já que a lagarta identificada é da safra passada e, na atual, que está apenas começando, ainda não há relatos de perdas significativas ou ataques severos".
Segundo eles, não existem informações do comportamento da praga nas lavouras do Estado, pois há diferenças de clima em relação às demais regiões do país. Mesmo assim, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Ministério da Agricultura (Mapa), Emater, Universidade de Passo Fundo, Embrapa Trigo e Laboratório Agronômica estabeleceram medidas de intensificação do monitoramento em todas as regiões produtoras de soja do RS.
Uma delas é a colocação de armadilhas com feromônio específicas para essa espécie. Para apoiar o trabalho de técnicos, a Seapa vai criar banco de dados contendo informações do monitoramento e identificação da praga. A Emater e a Embrapa, em parceria com o Mapa e a Seapa, vão treinar técnicos nas principais regiões produtoras para a correta identificação de pragas, incluindo a Helicoverpa.
Além disso, será formado um grupo de trabalho técnico com a participação das principais instituições de ensino, pesquisa e extensão do RS. Coordenado pelo Ministério da Agricultura, terá como objetivo definir e implementar estratégias de controle da lagarta na cultura da soja.
Atualmente, existe registro de 16 produtos biológicos, fisiológicos e químicos de combate à praga. Podem ser usados nas lavouras uma vez indicado o nível de dano econômico após o monitoramento.
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