Grupo JCN começa a integrar os baculovírus ao manejo de lagartas

JCN mantém lavouras em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; empresa avalia favoravelmente primeiros resultados de tratamentos

09.12.2020 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

O Grupo JCN iniciou na safra 2020-21 a introdução dos baculovírus aos sistemas de manejo de lagartas. A empresa passou a realizar estudos a campo com a linha de biolagarticidas da companhia australo-americana AgBiTech. Inicialmente, JCN e AgBiTech analisam, em conjunto, a ação de baculovírus sobre lagartas do gênero Spodoptera, sobretudo.

Sócio diretor do Grupo JCN, Kriss Corso, ressalta que a adesão aos baculovírus está sendo avaliada com base em pilares centrais da empresa, fundada em 1979 pelo empreendedor Josué Corso Neto, já falecido, avô de Kriss. “JCN nasceu e se desenvolveu ancorado na visão de futuro de meu avô, desde sempre preocupado com o meio ambiente. Seguimos conectados nesse valor fundamental, investindo na produção sustentável”.

Conforme o empresário, a sede do Grupo JCN fica na cidade paulista de São João da Boa Vista, região na qual a empresa produz café. Com propriedades que totalizam 90 mil hectares, na safra em andamento o JCN cultiva, no Cerrado, aproximadamente 25 mil hectares de soja, 15 mil hectares de algodão e 10 mil hectares de milho. Segundo Corso, os estudos atrelados à ação de baculovírus nas áreas do grupo ocorrem com envolvimento da liderança da AgBiTech e de entidades de pesquisas, como a Fundação Chapadão (MS).

“A integração de biológicos é uma tendência. A expectativa é conseguir reduzir o emprego de defensivos agrícolas convencionais. Enquanto empresário, a percepção é a de que os bioinseticidas chegaram para somar. Pelos resultados obtidos até agora, a relação custo-benefício está interessante. Aparentemente, baculovírus favorecem o controle de lagartas por mais tempo”.

De acordo com o sócio do Grupo JCN, produtos biológicos de maneira geral possibilitarão atender novas exigências globais por sustentabilidade. “Reduzir impactos ambientais nas lavouras é uma medida indispensável às empresas conectadas com o futuro, com a tecnologia e com a agricultura de precisão. Estamos próximos da economia regulada por créditos de carbono. Todo o modelo de gestão de grandes empresas do agro está no centro de inovações e experimentos constantes”, afirma Kriss Corso.

Nas fazendas do Grupo JCN, adianta ele, investimentos representativos têm sido destinados ainda ao emprego de fontes energias renováveis e à redução da queima de combustíveis fósseis. Conforme o empresário, o JCN cultiva também o uso racional de defensivos agrícolas. Para isso, se vale de um conjunto de softwares que monitoram as aplicações aéreas das lavouras de grãos. Esse recurso, de agricultura de precisão e alta tecnologia, informa Corso, foi desenvolvido por outra empresa do grupo, a Perfect Flight.

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