FMC apresenta resultados e anuncia venda de operação na Índia

Lucro líquido contábil caiu 77% em comparação com o ano anterior

31.07.2025 | 08:15 (UTC -3)

A FMC Corporation reportou receita de US$ 1,05 bilhão no segundo trimestre de 2025, alta de 1% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro líquido contábil caiu 77% em comparação com o ano anterior (US$ 67,8 milhões em 2025; US$ 295,2 milhões em 2024). A empresa anunciou decisão de venda sua operação comercial na Índia.

O crescimento de receita foi impulsionado por aumento de 6% no volume vendido, com destaque para herbicidas, produtos à base de diamida e ciantraniliprole. O preço médio recuou 3%, influenciado por contratos “cost-plus” com parceiros de diamidas e custos de fabricação mais baixos. O câmbio teve impacto negativo de 1%. O portfólio de crescimento avançou em ritmo de um dígito alto, enquanto o portfólio principal manteve-se estável.

Na América do Norte, as vendas recuaram 5%, impactadas por destoque no Canadá. Na América Latina, a receita subiu 1% e 5% sem o efeito cambial, com impulso de novos ingredientes ativos. A Ásia registrou queda de 17%, afetada por menor volume e preços na Índia. Já a região EMEA cresceu 29%, com fortes volumes em herbicidas e biológicos.

O fluxo de caixa operacional caiu US$ 226 milhões, fechando em US$ 66 milhões. O fluxo de caixa livre somou US$ 40 milhões, queda de US$ 241 milhões.

Venda na Índia

A companhia anunciou a venda de sua operação comercial na Índia. A decisão decorre de desafios no país. A FMC manterá a produção de ingredientes ativos na Índia e continuará fornecendo tecnologias por meio de acordos com o comprador. O processo de venda deve ser concluído em até um ano.

Com a saída da operação indiana, a FMC ajustou suas projeções. A receita esperada para 2025 varia entre US$ 4,08 bilhões e US$ 4,28 bilhões, queda de 2% no ponto médio em relação a 2024. As projeções de EBITDA ajustado (US$ 870 a US$ 950 milhões) e lucro ajustado por ação (US$ 3,26 a US$ 3,70) foram mantidas. O fluxo de caixa livre previsto segue entre US$ 200 milhões e US$ 400 milhões.

Para o terceiro trimestre, a empresa espera receita entre US$ 1,00 bilhão e US$ 1,10 bilhão, queda de 1% no ponto médio. O lucro ajustado por ação deve crescer 28%, alcançando até US$ 0,98. O EBITDA ajustado deve subir 14%, com ganhos de volume e redução de custos compensando preços mais baixos.

No quarto trimestre, a expectativa é de receita entre US$ 1,24 bilhão e US$ 1,34 bilhão, alta de 5%. O EBITDA ajustado deve crescer 4%. Já o lucro ajustado por ação pode cair 3%, impactado por base de comparação favorecida por tributação reduzida em 2024.

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