Exportações dos cafés diferenciados representam 18% do volume físico total vendido pelo País ao exterior em oito meses

Receita cambial dos cafés diferenciados atinge US$ 1,292 bilhão e corresponde a 22% do total das exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil de janeiro a agosto de 2022

15.09.2022 | 17:19 (UTC -3)
Embrapa
Receita cambial dos cafés diferenciados atinge US$ 1,292 bilhão e corresponde a 22% do total das exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil de janeiro a agosto de 2022. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Receita cambial dos cafés diferenciados atinge US$ 1,292 bilhão e corresponde a 22% do total das exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil de janeiro a agosto de 2022. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

O Brasil exportou nos oito primeiros meses deste ano em curso um volume físico de 4,54 milhões de sacas de 60kg de cafés diferenciados, ao preço médio de US$ 284,54 a unidade, que geraram receita cambial de US$ 1,292 bilhão. Esse volume representa um pequeno acréscimo de 3,2% no número de sacas exportadas, mas um expressivo crescimento de 64,3% na receita cambial obtida, na comparação com o mesmo período anterior. Cafés diferenciados são os que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis.

Neste mesmo contexto das exportações dos Cafés do Brasil, vale também destacar que o total de todos os tipos de cafés exportados, nos oito primeiros meses em tela, atingiu o volume físico de 25,3 milhões de sacas de 60kg, com receita cambial recorde de US$ 5,904 bilhões, tendo como base o preço médio de saca a US$ 233,58. Tal quantitativo, a despeito de representar um decréscimo de 5,3% no volume físico, em contrapartida, denota um recorde histórico no faturamento, o qual foi de US$ 5,904 bilhões, valor que corresponde a um crescimento de 61,4% na receita cambial obtida, caso seja utilizada a mesma base comparativa dos oito primeiros meses de 2022 com os de 2021.

Caso também seja feito um detalhamento e análise da performance das exportações por tipos de café, no período ora em foco, constata-se que o café arábica continua sendo o mais exportado, com 21,707 milhões de sacas de sacas de 60kg, volume que corresponde a 85,9% do total dos Cafés do Brasil vendido ao exterior. E, na sequência, destaca-se o café solúvel que registrou venda equivalente a 2,505 milhões, as quais representam 9,9% do volume exportado.

E, complementando tal análise, na terceira posição, vem o café canéfora (robusta e conilon), com a exportação de 1,033 milhões de sacas (4,1%); e, por fim, o café torrado e torrado e moído, cujas vendas ao exterior representaram pouco mais de 30 mil sacas, que correspondem a apenas 0,1% do total vendido a outros países.

Convém ainda destacar que os números e demais dados da performance das exportações dos Cafés do Brasil, nos oito primeiros meses de 2022, que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatório mensal agosto 2022, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. 

Assim, além destes destaques, vale a pena ler e consultar os Relatórios mensais divulgados pelo Cecafé, os quais trazem informações e análises detalhadas sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, principais destinos e portos de embarque das exportações, participação brasileira nas exportações mundiais de café, entre outras de interesse para o agronegócio café.

Finalmente, merece destacar um ranking dos cinco países que mais importaram os Cafés do Brasil, conforme dados divulgados pelo Cecafé, no Relatório mensal agosto 2022, no período de janeiro a agosto de 2022. Assim, verifica-se que os Estados Unidos lideram esse ranking, haja vista que adquiriu 5,283 milhões de sacas kg, volume físico que corresponde a 20,9% do total exportado. Na segunda posição, vem a Alemanha, com a compra de 4,533 milhões de sacas (17,9%). Na sequência, vêm Bélgica, com 2,110 milhões de sacas (8,3%); Itália, com 2,020 milhões (8%); e, por fim, o Japão, em quinto, com a aquisição de 1,130 milhão de sacas (4,4%).

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