CESB acredita que sojicultores vão intensificar eficiência agronômica na safra 22/23
Práticas culturais e manejos adotados devem assegurar altos índices produtivos, apesar de provável incidência de fenômeno La Niña
14.09.2022 | 17:20 (UTC -3)
Comunicação CESB
De Norte a Sul, Leste a Oeste, as expectativas para o 15º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo CESB, são enormes. Afinal, apesar das adversidades da última safra, foram apresentados resultados consistentes e - até certo ponto - surpreendentes pelos vencedores da última edição.
Com mais de 5.400 inscrições e aproximadamente 920 auditorias, a 14ª Edição do Desafio teve como grandes campeões nacionais e vencedores da região Sudeste o produtor rural Matheus Leonel Nunes Alves, da Fazenda São João, de Pilar do Sul (SP), junto de seu consultor técnico, Rafael Antonio Campos de Oliveira, com uma produção sustentável e altamente estratégica de 126,85 sacas por hectare.
Por isso, o cenário é de otimismo para mais uma edição da iniciativa, mesmo com a previsão de algumas adversidades, como estresse biótico e abiótico, e também de repetição do fenômeno La Niña, que impacta negativamente a produtividade de muitos sojicultores.
Veranice Borges, coordenadora técnica do CESB, destaca que, entre os participantes do Desafio, há uma elevada eficiência agronômica, ou seja, as práticas culturais e os manejos adotados têm assegurado a obtenção de altas produtividades, mesmo em anos de condições climáticas adversas.
Tecnologias
A coordenadora técnica destaca que as tecnologias deverão ser grandes aliadas da produtividade. "Temos notado um grande impacto do uso de tecnologias nas áreas de maiores produtividades. Nessa última safra, destacou-se o uso de sistemas de irrigação automatizados, uso de telemetria, estações meteorológicas, monitoramento de campo, tecnologia de aplicação localizada, e outras ferramentas da agricultura de precisão para a melhorar a tomada de decisão e a eficiência agrícola da lavoura. Tudo isso faz muita diferença em um ano de problemas climáticos e de alto custo de produção, pois permite fazer as operações no momento certo e a aplicação de insumos na quantidade certa, que contribuem sobremaneira para minimizar as perdas de produtividade", pontua Veranice.
"Para esse ano com previsão de déficit hídrico, é fundamental fazer um bom planejamento da safra, começando pela data de semeadura. Fazer um bom manejo da irrigação nos intervalos de seca, fazer o monitoramento de pragas, uso de produtos que contribuem para o metabolismo da planta e fazer um bom planejamento das operações durante todo o ciclo serão mais uma vez um grande diferencial. É importante o produtor se ater a fazer um bom uso das tecnologias disponíveis para depois evoluir para o uso de novas tecnologias", acrescenta a coordenadora técnica.
Análise de dados
Veranice observa que o produtor deve se atentar a análise de dados, durante toda a safra. "A fazenda é uma empresa, que além dos problemas comuns em qualquer empresa, ainda há os fatores incontroláveis inerentes ao clima ou potencializados por ele, por exemplo pragas e doenças. Nesse sentido, é importante o produtor entender antes e durante a safra os fatores que têm contribuído para possíveis perdas de produtividades, com o objetivo de reduzi-los ou contorná-los", orienta Veranice.
"A análise de dados permite justamente identificar onde está o problema, por exemplo: fazer adubação sem a análise de solo leva a uma possível superdosagem que além de aumentar os custos, pode reduzir a produtividade; saber onde se concentram as doenças do solo, manchas de acidez ou baixa fertilidade permite o controle/tratamento localizado e evita perdas específicas naquele local. A análise de dados deve ser constante, antes do planejamento da safra e durante ela. Fazer análise foliar, monitoramento de pragas, doenças, presença e estádio de desenvolvimento de plantas daninhas são fundamentais para a tomada de decisão sobre onde, o que, e o momento de aplicação", complementa.
Inscrições do Desafio
As inscrições do 15º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja já estão abertas. Para se inscrever, o sojicultor precisa acessar o site aqui, seguir corretamente todas as instruções e preencher informações referentes à safra 22/23. O valor é de R$150,00 para inscrições não-patrocinadas e 100% gratuitas para inscrições que indicarem algum dos patrocinadores do CESB.
Após conclusão do Desafio CESB, todos os participantes receberão um laudo/relatório das áreas auditadas, contendo georreferenciamento da área auditada, descritivo do campo de produção, informações técnicas de manejo, registro fotográfico e informações adicionais (caso exista), além de um certificado de participação, com sua classificação no Desafio CESB de Máxima Produtividade da Soja.
As inscrições do 15º Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja vão até dia 31 de janeiro de 2023. Em função das regras impostas pela LGPD, os participantes deverão renovar seus cadastros com o CESB. A renovação do cadastro contribuirá para o melhor controle em relação aos envios dos laudos técnicos e certificados emitidos pelo CESB e para uma maior segurança da informação, tanto dos próprios participantes, quanto do CESB.
Além do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, o CESB realiza diversas ações em prol do fortalecimento da sojicultura nacional. Entre as ações, destaque para o curso de pós-graduação EAD MTA Soja do Centro Universitário Integrado Campo Mourão, realizado em parceria com o CESB e com a Elevagro, com o intuito de promover conhecimento técnico de altíssimo nível, apresentando dados e estudos de produtividade obtidos pelo CESB, por meio de rigorosos protocolos e elevado nível de transparência.
Com professores largamente experientes, o curso tem uma grade curricular que propicia ampla gama de conhecimentos teóricos e práticos sobre toda a cadeia produtiva da soja. É ideal para que produtores novatos ou experientes mantenham-se atualizados das inovações no mercado e estejam mais preparados para os desafios do setor, aplicando as melhores práticas em suas produções.
O CESB é composto por 19 membros e 27 entidades patrocinadoras: BASF, BAYER, SYNGENTA, JACTO, Mosaic, Superbac, Corteva, Eurochem, ICL, ATTO Sementes, Stoller, Timac Agro, Brasmax, Stara, Ubyfol, UPL, Fortgreen, Yara, Ferticel, Sumitomo Chemical, FT Sementes, Koppert, Massey Ferguson, Yoorin Fertilizantes, Elevagro, Somar Serviços Agro e IBRA.
Mais informações pelo telefone: (15) 3418.2021 ou pelo site disponível aqui.
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