ABA inicia certificação nas unidades do Marfrig no RS
As exportações brasileiras de café foram as melhores dos últimos quatro anos. O país comercializou um total de 30.308.863 sacas, o maior volume dos últimos quatro anos.
Quanto à receita, o país alcançou US$ 4,27, uma queda de 10% em comparação a 2008.
Conforme avaliação de Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, esses resultados são positivos, mesmo considerando a baixa da receita (em 2008 foi de US$ 4. 748.036, 10% superior a 2009). Ele explica que o aumento do volume de café exportado nos últimos doze meses [contra 29.522.486 sacas em 2008; 28. 204.757 em 2007; e 27.390.432 em 2006] garantiu a excelente participação do Brasil com quase 1/3 do mercado mundial, e market share superior a 31%.
Em relação à receita, o diretor-geral do Cecafé pondera que, embora os preços tenham sido impactados pela crise financeira internacional [a média de preço da saca em 2008 foi de US$ 160,96, em 2009 girou em torno de US$ 140,77] "O mercado vem reagindo, em um processo firme de recuperação. Tanto, que no mês de dezembro de 2009 o preço médio da saca do café ficou em US$ 153,91, valor que se aproxima do preço pré-crise", ressalta Guilherme Braga.
Para 2010, as perspectivas para o nosso mercado são animadoras. Tudo indica que o Brasil irá manter suas exportações em torno dos 30 milhões de sacas -- algo entre 13 e 14 milhões no primeiro semestre, e 16 a 17 milhões de sacas no segundo semestre.
Com relação à receita, os prognósticos seguem a mesma tendência, sendo possível apostar em algo entre US$ 4,6 e US$ 4,8 bilhões.
Alguns motivos apontam para essa aguardada boa performance. Guilherme Braga lembra que os fundamentos do mercado continuam mantidos. Mesmo em crise, o consumo nos mercados mais atingidos (EUA, Japão e Europa) não mostrou queda, apenas estabilidade ou crescimento modesto (à exceção do Leste Europeu). Esse comportamento permite considerar que, com a superação da crise econômica, haja expansão no consumo em algo próximo a 2% aa (ou 2,6 milhões de sacas/ano).
Outro ponto: é possível apostar que uma provável dinâmica na oferta e na procura do produto também contribua com nossas exportações em 2010.
No caso dos arábicas, uma boa oferta, casada à retração no suprimento por parte da Colômbia e da América Central levará a um ajuste favorável na oferta/demanda, neutralizando um eventual uso de estoques dos países importadores. Com isso o Brasil mantém seus níveis de venda sem pressionar o aumento de estoques.
Na área dos cafés robusta o quadro é semelhante, com possível redução das exportações do Vietnã e provável aumento dos embarques do conillon brasileiro, que tende a se tornar mais competitivo no mercado externo.
Em 2009, os maiores compradores do café brasileiro foram a Alemanha, com 6 milhões de sacas; os EUA, com 5,8 milhões de sacas; a Itália, com 2,5 milhões de sacas; e o Japão, com 2,1 milhões de sacas.
Em 2009, os três principais portos de embarque foram Santos – com 19.796.077 sacas; Vitória, com 4.177.523 sacas; e Sepetiba, com 1.667.689 sacas.
As exportações brasileiras de café em dezembro de 2009 foram de 2.444.612 sacas, para uma receita de US$ 386.424.
Fonte: Communicação Assessoria Empresarial - 11 3285 5410
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura