Empresas buscam internacionalização para ampliar mercados e competitividade

Paraguai tem sido um dos locais mais procurados pelas empresas brasileiras; país possui grandes áreas de terras produtivas, com preços relativamente baixos e clima favorável

08.08.2024 | 10:22 (UTC -3)
Leonardo Gottems, edição Revista Cultivar

O número de empresas do agronegócio brasileiro que buscam a internacionalização está crescendo. O setor, que já representa grande parte do PIB do país, aproveita a relevância do Brasil na produção agropecuária mundial para conquistar novos mercados consumidores. Isso aumenta o faturamento e diversifica as fontes de receita.

Maite Schmitt, advogada e sócia do escritório Auro Ruschel Advogados Associados, explica que os empresários buscam a internacionalização por diversos motivos, dependendo de seus objetivos e metas. “As empresas do agronegócio visam expandir seus negócios para mercados internacionais para alcançar novos grupos de consumidores. Países importantes, às vezes, não possuem a riqueza de produtos que os brasileiros produzem e ofertam”, afirma ela.

Além disso, a atuação em mercados internacionais pode aumentar a competitividade das empresas ao expô-las a novos concorrentes e exigências mais elevadas. Isso incentiva a inovação e a eficiência. A presença internacional fortalece a marca, facilitando a formação de parcerias estratégicas e alianças com empresas locais de outros países.

Schmitt destaca que a abertura de uma empresa no país ou região onde já se vendem produtos brasileiros traz vantagens. Uma delas é facilitar o acesso a recursos locais, tecnologias e conhecimentos que não estão disponíveis no mercado doméstico. A especialista também aponta que a expansão internacional pode reduzir custos operacionais. “No setor do agronegócio, é necessário por vezes ter sede na localidade onde se registra o produto, para poder comercializá-lo”, diz ela, referindo-se às indústrias de insumos.

A advogada considera “importantíssimo” contar com uma assessoria jurídica especializada na internacionalização da empresa. O trabalho começa na definição da estratégia, inclusive na escolha do país para a expansão. Cada localidade possui leis e regulamentos únicos que regem o agronegócio, desde a aquisição de terras até questões ambientais e de trabalho. O escritório de Schmitt possui parceiros locais de confiança, assegurando que a empresa esteja em conformidade com todas as regulamentações locais.

A assessoria jurídica auxilia na determinação da melhor estrutura corporativa para a empresa no exterior, considerando aspectos legais, fiscais e operacionais. Também ajuda na obtenção de licenças e autorizações necessárias para operar em um novo país. O suporte é permanente, abrangendo alterações societárias, aumento de capital, troca de administradores e elaboração de contratos locais.

A assessoria também apoia questões relacionadas a colaboradores, fornecedores e parceiros, além de auxiliar no campo tributário nas transações internacionais. No agronegócio, devido à concorrência, a proteção jurídica dos ativos, como patentes e direitos de propriedade intelectual, é crucial. “Auxiliamos no registro de produtos no órgão regulador local, com amparo na legislação regulatória do país”, conclui Schmitt.

O Paraguai tem sido um dos destinos preferidos pelas empresas brasileiras de agronegócio. O país possui grandes áreas de terras produtivas, com preços relativamente baixos e clima favorável, tornando-se ideal para a expansão. A proximidade geográfica e as condições propícias para a produção agrícola abriram as portas para os empresários brasileiros no setor agrícola paraguaio. Diversos ramos de negócios, desde a aquisição de terras até a comercialização de insumos e produtos finais, já se beneficiam dessa oportunidade.

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