Congresso Andav: setor de distribuição de insumos investe em CRM para melhorar tomada de decisão

Mercado é cada vez mais volátil, exigindo informações e orientações confiáveis para o desenho de uma boa estratégia de comercialização

07.08.2024 | 17:36 (UTC -3)
Ronaldo Luiz

Mudanças do clima, o vaivém da economia, novas tecnologias, desafios logísticos, até questões geopolíticas influenciam cada vez mais a tomada de decisão para compra e venda de insumos agrícolas. O mercado sem sombra de dúvidas ficou mais volátil. Impactado por todas estas e outras tantas variáveis, o setor de distribuição de insumos, de fabricantes, passando pelas revendas e também consultores, precisa se guiar por informações e orientações confiáveis para decidir com o menor risco possível.

Diante desta agenda, o segmento vem investindo em sistemas de Customer Relationship Management (CRM) para nortear as estratégias de negócios, destaca o engenheiro agrônomo Vinícius Ribeiro, CEO da Geodata - www.geodata.com.br -.

"O mercado de insumos vem demandando ferramentas, que possam em um só ambiente entregar dados do histórico do uso de insumos nesta ou naquela propriedade, a fim de tornar o relacionamento, e sobretudo a venda ao produtor rural mais assertiva", explica o executivo, que acrescenta: "aqui no Congresso Andav estamos apresentando nossa plataforma Geodata Report, desenvolvida com funcionalidades para completa gestão dos times técnicos e de vendas dos agentes que comercializam insumos, com foco em auxiliá-los a alavancar mais e melhores resultados e oportunidades de negócios".

Agricultura de precisão

Um estudo da McKinsey & Company indica que cerca de 50% dos produtores rurais brasileiros já adotam ou estão dispostos a incorporar tecnologias de agricultura de precisão em suas operações. Entre as grandes oportunidades com foco na modernização agrícola, a agricultura de precisão aparece em primeiro lugar na visão dos produtores, com um terço das respostas em um outro levantamento, da KPMG com a SAE Brasil.

O Brasil aposta tanto no potencial da agricultura de precisão para fortalecer sua posição como um dos maiores produtores de alimentos e energia renovável do mundo, que até instituiu uma política nacional de incentivo à prática. "O aumento de incertezas é uma das poucas certezas que temos na agricultura. O produtor cada vez menos tem o direito de errar", ressalta Ribeiro.

Também especializada na temática da agricultura de precisão, a Geodata traz ainda para o Congresso Andav sua plataforma Geodata AP, que contempla o conjunto completo de variáveis para o diagnóstico da fertilidade do solo - de análises amostrais, passando por detecção de pragas e doenças, mapas de plantio, estado nutricional da lavoura, entre outros indicadores de todo o ciclo de agricultura de precisão, do planejamento à colheita, com o adicional de uma linha do tempo na plataforma.

"A partir do input dos dados, nosso algoritmo faz a análise e entrega recomendações preditivas para a mais precisa aplicação de insumos, com a acurácia, por exemplo, por talhão", explica Vinícius, que complementa: "mapeamento que fizemos com cerca de 4,5 mil usuários ativos em nossa base aponta, que após a construção de um perfil padrão de solo, economia, média, de até 23% no uso de insumos e de até 30% de ganhos de produtividade com a adoção de tecnologias digitais de agricultura de precisão".

Ao completar dez anos de mercado, a Geodata conta com mais de 12 milhões de hectares monitorados e mais de R$ 17 bilhões em corretivos e fertilizantes prescritos em seu sistema, com clientes em todo território nacional, e em países da América do Sul e da África.

Na esteira da trajetória da Geodata, Ribeiro conta que traz ainda para o Congresso Andav a Logar, solução de inteligência climática dirigida ao correto manejo agronômico, que por intermédio de tecnologias, como, por exemplo, de Internet das Coisas (Iot), aponta os melhores períodos para aplicação de insumos, assim como os produtos mais indicados para cada tipo de lavoura.

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