Pesquisa em campo coleta dados da safra de cana-de-açúcar no Mato Grosso
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A qualidade e a versatilidade das cultivares apresentadas chamaram a atenção dos visitantes que acompanharam, na segunda quinzena de outubro, a segunda edição do Dia de Campo de Trigo da Coopavel no Sudoeste. Produtores rurais e técnicos de municípios da região participaram e tiveram contato com o melhor da pesquisa para o desenvolvimento de soluções que tornem a triticultura ainda mais rentável e interessante. Esse foi um de uma série de eventos organizados pela cooperativa, em setembro e outubro, e que teve o trigo como atração principal.
“Os resultados do nosso dia de campo são muito bons. Estamos felizes com o interesse dos participantes em conhecer mais sobre as possibilidades que o trigo oferece”, diz o agrônomo Rodrigo Junior Schneider, um dos integrantes da comissão organizadora do evento no Sudoeste. As áreas de visitação foram preparadas na região da Reta Grande, em Pato Branco. Os visitantes tiveram acesso a informações sobre 18 cultivares, algumas novidades e de elevado potencial produtivo.
Um esquema especial de visitação foi observado para garantir o máximo de segurança aos presentes. “Os agricultores e técnicos foram divididos em pequenos grupos para evitar aglomerações. E então avançaram, segundo um cronograma específico e sempre usando máscara, ao longo das estações distribuídas pela área”, conforme Rodrigo.
O evento contou com a participação, além de sementes, de empresas de insumos e de defensivos. As empresas parceiras no dia de campo foram: Basf, OR Sementes, Embrapa, Seedcare, Biotrigo, Syngenta, FMC, UPL, Ihara, Corteva e Iapar. A cooperativa organizadora do Dia de Campo participou com a Nutriagro, indústria de fertilizantes foliares, com a Fertilizantes Coopavel e com a Sementes Coopavel.
No início de setembro, a cooperativa realizou o 2º Show Rural Coopavel de Inverno que contou com a apresentação de 38 cultivares indicadas para os meses frios do ano. Vinte delas foram de trigo, algumas com potencial de produtividade de até seis mil quilos por hectare, quase o dobro da média de 3,4 mil da Argentina, uma das referências mundiais em triticultura.
A confiança da Coopavel no sucesso da cultura é tão grande que, durante o evento em Cascavel, lançou um programa especial de incentivo ao plantio do trigo em sua área de abrangência. O Coopavel Mais Trigo pretende, em seis anos, dobrar a recepção do grão em suas unidades, passando das atuais 3,5 milhões de sacas para sete milhões em 2026. Nos 23 municípios do Oeste e Sudoeste nos quais a cooperativa atua, são destinados 130 mil hectares à atividade. A meta é aumentar para 250 mil. A área de pousio no Paraná, no inverno, é de 2,7 milhões de hectares, dado que demonstra o quanto a triticultura pode crescer.
São três os pilares centrais do Coopavel Mais Trigo: financiamento de insumos com taxa zero, seguro da safra e garantia de preço mínimo de R$ 100 à saca em 2022. A margem de lucro do triticultor será de 60%. O presidente Dilvo Grolli informa que não existe nada parecido com isso no Brasil.
“As ações que dão sustentação a esse programa comprovam a confiança que a Coopavel, que trabalha focada na produção de alimentos de qualidade e com sustentabilidade, deposita nessa cultura que tem tudo para, em oito a dez anos, fazer com que o Brasil seja novamente autossuficiente na produção do grão”, conforme Dilvo.
Com produção próxima de quatro milhões de toneladas na safra atual, o Paraná, com 52% do total, é o maior produtor de trigo do País. No Brasil, a produção é de sete milhões de toneladas, mas ainda é preciso importar seis milhões de toneladas para fazer frente à demanda. “Um em cada dois pãezinhos são produzidos com farinha importada, mais uma comprovação do quanto o futuro do trigo é promissor no País”, ressalta Dilvo Grolli.
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