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Com os avanços no tratamento de sementes no País, os produtores e a agroindústria têm conseguido agregar mais valor ao produto final. A coloração de sementes, feita a partir de polímeros coloridos, é uma das tecnologias utilizadas no setor e que são desenvolvidas pela multinacional Milliken. A companhia tem investido em pesquisa e desenvolvimento, visando a busca de produtos mais eficientes, ambientalmente inócuos, e que favoreçam o processo de produção.
"É bom lembrar que a legislação brasileira exige que as sementes tratadas apresentem um diferencial na coloração em relação às sementes sem tratamento. Isso, para evitar o uso inadequado na alimentação de humanos e animais com sementes que usam produtos químicos. Portanto, serve para diferenciar sementes de grãos", explica Ivan Franceschini Jr., gerente de Contas Sênior da Milliken para o setor de Agricultura na América Latina.
Para além da cor, aumentar a performance do polímero (por meio da maior adesão dos químicos à semente), melhorar a plantabilidade, reduzir a formação de poeira e também aprimorar a fluidez das sementes nos equipamentos de plantio estão entre os objetivos que a empresa têm testado em seu moderno Laboratório de Tecnologia e Aplicação, com sede na capital paulista.
Segundo Rita Siloto, gerente técnica do laboratório, diferentes testes são realizados com as amostras de sementes de soja e milho, por exemplo, com o envio de relatórios para os clientes."Estamos investindo em projetos para o desenvolvimento de moléculas biodegradáveis e livres de microplásticos. As formulações locais para atender o mercado brasileiro estão em nossas prioridades. Também buscamos a produção local de polímeros para trazer mais agilidade e eficiência aos nossos clientes", afirma.
Ao longo de 2021, a Milliken tem dedicado mais atenção a projetos maiores com foco em inovação e melhorias nos processos industriais. "Nossa expectativa é ter maior influência e participação em outros grupos de culturas, entre elas os cereais de inverno (arroz, aveia, cevada e centeio) ou soluções para algodão. O objetivo é apresentar aos clientes o custo-benefício em ter um produto competitivo no mercado", diz Franceschini.
Para ampliar e fortalecer sua participação no setor agro, a Milliken tem se aproximado dos produtores que utilizam polímeros no tratamento de sementes industrial (TSI). Esse tratamento é realizado pela indústria sementeira, antes de chegar ao produtor, e confere maior acuracidade nas doses dos químicos. Já o conceito do tratamento de semente "on farm" é quando o produtor usa equipamentos para a semeadura no campo.
De acordo com a empresa, os pequenos e médios produtores são os mais inclinados a usar o TSI, enquanto os grandes produtores têm optado pelo tratamento "on farm". Franceschini reforça que no TSI a utilização de polímeros coloridos é um pré-requisito obrigatório para assegurar a qualidade da semente, diferente do tratamento "on farm", onde o uso de polímeros é menos frequente.
"Verificamos que quanto maior a empresa, mais tecnologia é empregada. Investimentos em equipamentos e estrutura são praticados por grandes produtores que buscam uma semente diferenciada, com apelo visual - o que é conferido pelos polímeros coloridos, e com boa performance para o plantio", avalia.
O executivo esclarece também que os produtores rurais são usuários da tecnologia. Por isso,"eles não decidem pela compra do polímero A ou B. A exceção fica para os casos em que estejam sendo utilizados polímeros no tratamento no campo, o que não é tão comum".
Há também clientes atendidos pela empresa que cultivam sementes de milho com necessidades específicas para uso interno na identificação de uma linhagem/tipo de semente para uso em plantios de campos de produção de sementes.
E mesmo diante dos desafios de empreender no Brasil, somado aos impactos que a pandemia trouxe a diversos setores da economia, a Milliken tem seguido com o planejamento de ações para aumentar a sua base de projetos.
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