Custos de produção em alta preocupam arrozeiros para próxima safra
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Com a safra atual do café marcada pela bienalidade negativa - devido à necessidade de recomposição vegetal - e pelo clima instável, especialmente no aspecto pluviométrico, os produtores devem ficar atentos ao manejo de pragas, mesmo no final do ciclo, para não ter maiores perdas este ano, como o controle do bicho mineiro (Leucoptera Coffeella). Segundo dados da Embrapa, dependendo do nível da incidência, o inseto pode impactar até 50% da produtividade do cultivo.
O manejo do bicho mineiro é ainda mais importante em um cenário reforçado pelo último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima uma redução de 22,6% em relação ao volume colhido na safra passada, com, aproximadamente, 49 milhões sacas beneficiadas. Para o Rodolfo San Juan, especialista e Desenvolvimento Agronômico da Bayer para a Região Centro, o inseto é considerado a principal praga na cultura do café entre os municípios do cerrado mineiro, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
"Trata-se de uma pequena mariposa, que na fase de lagarta se alimenta das folhas. O ciclo de vida do inseto pode variar de 19 a 87 dias, sofrendo influência das condições climáticas, como ocorreu nesta safra. A estiagem e temperaturas quentes são responsáveis pelo encurtamento deste ciclo do inseto e, consequentemente, maiores populações da praga", reforça Rodolfo.
O monitoramento do cafeeiro é uma etapa importante para o controle mais assertivo do bicho mineiro. "As lavouras devem ser vistoriadas periodicamente, principalmente aquelas de maior risco e em regiões de histórico de ocorrência da praga. O produtor deve vistoriar a presença de ovos nas folhas, de mariposas e a quantidade de folhas atacadas no terço médio/superior das plantas", ressalta San Juan.
Entre os danos visíveis, o bicho mineiro se instala nas folhas dos cafeeiros, deixando buracos e uma cor de ferrugem na superfície. Um ataque desse inseto causa uma considerável perda no cultivo, que fica desidratado, seco e fraco. "Dependendo da intensidade de infestação, pode ocorrer o alto desfolhamento na época das floradas, com consequente redução na produção de café na safra seguinte", diz o especialista.
O controle químico é realizado com o uso de inseticidas sistêmicos ou não em aplicações sequenciais. Deve ser dada a preferência para inseticidas específicos e mais seletivos. Para este manejo, a Bayer oferece o inseticida Sivanto Prime. O produto possui o ingrediente ativo Flupiradifurona e faz parte do grupo químico Butenolida. Um dos principais diferenciais reside na flexibilidade de aplicação em cafeeiro.
Fábio Maia, gerente de Marketing da Bayer para Café, explica que o princípio ativo possui um modo de ação diferenciado, pois age dentro do sistema nervoso do inseto. "Não existe nenhum produto no mercado com esta tecnologia. Outro diferencial é que ele pode ser pulverizado tanto no solo quanto na folha, único do mercado com esta característica, facilitando o manejo do cultivo", finaliza.
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