Principal produto da estação, trigo deverá ter uma produção de 2,89 milhões de toneladas, o que representa aumento de 37,81% em relação ao ano passado
23.06.2021 | 20:59 (UTC -3)
Imprensa - Emater RS
Nesta
quarta-feira, 23 de junho, foi divulgada a estimativa da maior produção das culturas
de inverno no Rio Grande do Sul, nesta Safra 2021, de 3,7 milhões de toneladas
de trigo, cevada, canola e aveia branca.
Mediada
pelo extensionista Carlos Gabriel Nunes dos Santos, o evento online contou com
a participação do chefe de gabinete da Seapdr, Erli Teixeira, representando a
secretária estadual Silvana Covatti, e do presidente da Emater/RS, Geraldo
Sandri. “Essa boa expectativa se deve a estarmos vindo de uma supersafra de
verão, que trouxe uma capitalização importante para nossos agricultores, para
nossos pecuaristas, para o produtor rural como um todo. A previsão de uma safra
de inverno robusta e de uma condição climática positiva para os próximos meses
leva em consideração não só a capitalização, mas também o ânimo dos
agricultores com esses recursos da safra de verão. Também os preços num patamar
bom e elevado, a tecnologia que vem chegando ao longo dos anos, o acesso à
assistência técnica, todo o planejamento e profissionalismo são responsáveis por
essa estimativa de uma supersafra de inverno”, comemorou Sandri.
Os
dados foram apresentados pelo diretor técnico da Instituição, Alencar Rugeri,
que apresentou as estimativas dos principais grãos de inverno, que serão
cultivados em 1,49 milhão de hectares (ha), totalizando a maior produção dos
últimos anos, cuja previsão é de 3,7 milhões de toneladas, o que significa um
aumento de 10,8% em área e de 32,5% em produção, comparado ao ano anterior.
“Nós temos a expectativa de termos a maior safra já colhida em termos de grãos.
Esse é um cenário extremamente interessante para o Estado. E esperamos que se
consolide ainda mais com as tendências climáticas positivas, sem nenhum
percalço até o momento, e porque nosso produtor vem capitalizado, vem com a
possibilidade e a tendência de ter uma boa remuneração dessas culturas de
inverno e isso leva a crer que deveremos ter sim uma grande safra de inverno,
quiçá a melhor safra da história”, afirmou Rugeri.
Principal
produto da estação, o trigo deverá ter uma produção de 2,89 milhões de
toneladas, o que representa um aumento de 37,81% em relação ao ano passado, que
foi de 2,1 milhão de toneladas. Cultivado numa área de 1,08 milhão ha, 13,29% a
mais do que na safra passada, que foi de 953,8 mil ha, o grão apresenta
tendência de produtividade média de 2,6 ton/ha, 21,6% a mais do que a média da
safra anterior, que foi de 2,2 ton/ha. Concentrado nas regiões de Ijuí (303,4
mil ha), Santa Rosa (259,6 mil ha) e Frederico Westphalen (135,3 mil ha), chama
a atenção o trigo ter aumentado 104,9% na área a ser cultivada na região de
Pelotas, passando de 4,8 mil ha na safra passada para 9,9 mil ha nesta safra.
“Esse
aumento expressivo na região de Pelotas e de forma geral em todo o Estado se
deve à possibilidade do tripé planejamento, gestão e profissionalismo, na qual
os agricultores, adotando isso, entendem a atividade agrícola como um sistema
de produção, e à necessidade de se ter o solo sendo utilizado o ano inteiro,
dando uma melhor utilização às máquinas, principalmente motivado por uma boa
safra de verão, que possibilitou a tranquilidade maior para fazer a implantação
de inverno e assim consolidar um sistema de produção e dar uma rentabilidade
maior à atividade desenvolvida no campo”.
Outro
destaque fica por conta do aumento expressivo na produção e produtividade da
canola. A cultura cultivada em 40,1 mil ha, 15,73% a mais do que no ano
anterior, deverá ter uma produção de 52,6 mil toneladas, o que representa 55,7%
a mais do que na safra passada, refletindo no aumento de 34,5% na produtividade,
que deve chegar a 1,3 ton/ha, contra a menos de uma tonelada na safra passada.
Após
o lançamento dos dados da estimativa para Safra de Inverno 2021, o
meteorologista da Seapdr, Flávio Varone, apresentou as condições meteorológicas
observadas no mês de maio e o prognóstico trimestral para os próximos meses
(julho/agosto/setembro), sendo condições próximas da normalidade, favorecendo a
ocorrência de chuvas mais bem distribuídas e temperaturas mais baixas em alguns
setores do Estado. “Em julho e agosto, o ingresso regular de frentes frias e
massas de ar frio deverá favorecer precipitações ligeiramente acima da média na
maioria das regiões, com temperaturas mínimas e máximas abaixo da normalidade.
Para setembro, as temperaturas deverão apresentar elevação natural e a
tendência é de diminuição da chuva na Metade Sul, com precipitações normais no
restante do RS”.
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