Prorrogada a renovação do Selo Nacional da Agricultura Familiar
O prazo, que terminaria na última quinta-feira, foi estendido até 9 de novembro
Com o avanço da agricultura nos últimos anos, produtores passaram a ter o desafio de produzir nas mais variadas condições de solo. Como não existe uma receita padrão como a de um bolo, os agricultores tiveram que se adaptar para extrair o máximo de suas propriedades. Este foi um dos desafios de José Polato, que há 19 anos se dedica ao cultivo de grãos na fazenda Aliança, propriedade de cerca de 900 hectares localizados na cidade de Querência, no nordeste do estado de Mato Grosso, na região do Vale do Araguaia.
Ao iniciar suas atividades em meados dos anos 2000, Polato enfrentou grandes desafios para conseguir estruturar suas lavouras. O solo da fazenda Aliança em sua maioria era composto por áreas arenosas. Foram muitos anos de pesquisas e estudos até conseguir alcançar os resultados que colhe hoje. Mas, o grande avanço de produtividade se deu nos últimos anos quando o produtor passou a utilizar a braquiária ruziziensis com a tecnologia Advanced, da Soesp (Sementes Oeste Paulista) em rotação com a soja.
A alternativa caiu como uma luva e a forrageira aumentou o volume de palha no solo, sobretudo nas áreas mais arenosas. “Muita gente colocou medo dizendo que íamos multiplicar os nematoides na propriedade, um grande problema em nossa região. Mesmo assim, resolvi plantar, fiz um teste e gostei do resultado”, diz produtor.
Polato, semeou em uma área de 230 hectares, a braquiária ruziziensis Advanced. A área teve a produtividade média de 61 sacas de soja por hectare, enquanto a outra área testemunha produziu apenas 49 sacas/ha da oleaginosa. “A utilização da forrageira nos proporcionou um ganho de 12 sacas por hectare, um resultado muito positivo. Escolhemos a braquiária ruziziensis com a tecnologia Advanced da Soesp, pois, é uma semente boa de se trabalhar, que facilita a regulagem nas máquinas e sua performance de germinação é perfeita”, explica o agricultor.
Somente nesta área o produtor teve um importante incremento em sua rentabilidade. No preço médio atual de R$ 65,50, pela saca de 60 kg de soja na região de Querência, com a utilização da forrageira integrada ao manejo, o produtor teve um acréscimo de R$ 180,7 mil de receita. “A braquiária não vai sair do nosso manejo, é uma ferramenta muito boa que tem nos dado grandes resultados”, destaca Polato.
Um dos segredos da fazenda Aliança é a preocupação com plantio, a chave do negócio, afinal se houver erros, toda a safra estará comprometida. “A braquiária tem sido uma peça muito importante no nosso negócio, principalmente pela massa de matéria orgânica que ela proporciona no plantio da soja. Com uma chuva boa de 30 milímetros, por exemplo, a germinação da semente é perfeita e a soja sai bonita e não da escaldadura porque tem um sombreamento bom no pé da planta”, diz o agricultor.
A braquiária ruziziensis é um capim que se adapta aos sistemas integrados, pois é dessecada com baixas doses de glifosato (principal herbicida usado); sua estrutura é mais prostrada, não forma touceiras, então quando dessecada a palhada formada é de fácil manejo para o plantio de outras culturas em cima dela.
De acordo com a técnica em sementes da Soesp, Andreza Cruz, a variedade tem uma boa produção de matéria seca de folhas e principalmente raízes, que vai descompactar o solo, reciclar nutrientes, melhorar a estrutura física e química do solo. Somado a isso, a tecnologia Advanced da Soesp possibilita uma semente que já vem tratada com inseticida e fungicida, livre de pragas e nematóides que podem causar sérios danos às lavouras. “Nossas sementes tem fácil adaptação a vários tipos de maquinários para o plantio com alta plantabilidade pelo seu acabamento em grafite, melhor distribuição e uniformidade, inclusive no plantio aéreo, inteligência na absorção de água e não rompe seu tratamento no plantio”, finaliza a profissional.
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