Conab aponta queda nos preços de frete

Apesar do recuo momentâneo, a Conab prevê que os preços devem se manter em patamares elevados no curto prazo

01.05.2025 | 09:12 (UTC -3)
Conab, edição Revista Cultivar

O encerramento da colheita da soja em importantes regiões produtoras tem provocado queda nos preços dos fretes rodoviários em diversas rotas do país. A informação consta na edição de abril do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que destaca redução nas cotações principalmente no Mato Grosso, onde o arrefecimento começou nas áreas que finalizaram a colheita mais cedo.

Apesar do recuo momentâneo, a Conab prevê que os preços devem se manter em patamares elevados no curto prazo, impulsionados pela expectativa de uma grande safra de milho e pela movimentação logística que ela deve gerar. Outro fator de pressão sobre os preços pode ser a intensificação da demanda internacional pela produção brasileira, diante das incertezas comerciais entre Estados Unidos e China.

Além de Mato Grosso, também foram registradas quedas nos preços de frete em Goiás, Piauí, Maranhão e Paraná — com exceção das rotas que partem de Ponta Grossa, que apresentaram alta. Na Bahia, os preços oscilaram entre estabilidade e elevação, a depender da localidade. Já no Distrito Federal, houve aumento generalizado em março, mas a tendência para os próximos meses é de estabilidade, considerando a menor demanda no pós-colheita.

Em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, os preços seguiram elevados, refletindo o pico de transporte da soja. Em São Paulo, também houve aumento nas cotações, mas em níveis mais moderados.

Exportações

Em março, o Brasil exportou 5,9 milhões de toneladas de milho — abaixo das 7 milhões embarcadas no mesmo mês de 2024. O porto de Santos lidera o escoamento, com 29,1% do total, seguido pelos portos do Arco Norte (26,3%), São Francisco do Sul (16%) e Paranaguá (12,7%).

As exportações de soja somaram 22,2 milhões de toneladas no mês. Santos também lidera esse fluxo, com 36% dos embarques, seguido pelos portos do Arco Norte (34,4%), Paranaguá (15,8%) e Rio Grande (3,4%).

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