PR Safra 2024/25: clima e pragas afetam tomate de 2ª safra

O Departamento de Economia Rural aponta estabilidade no milho, avanço do trigo e pressão no cultivo de tomate

30.04.2025 | 17:01 (UTC -3)
Deral
Foto: Gilson Abreu
Foto: Gilson Abreu

O Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quarta-feira (30), aponta um cenário misto no campo paranaense: enquanto o milho mantém estabilidade nas lavouras, o trigo avança no plantio e o tomate enfrenta queda de produtividade e forte volatilidade nos preços.

 A segunda safra de milho, cultivada em 2,7 milhões de hectares, segue com 63% das lavouras em boas condições, impulsionada pelas chuvas dos últimos dias. Ainda assim, 14% da área apresenta situação ruim e pode não atingir o rendimento esperado, enquanto 23% permanece em condição mediana. Nacionalmente, a produção soma mais de 120 milhões de toneladas, com destaque para o Centro-Oeste, responsável por 57% desse volume.

Já o plantio do trigo atingiu 14% da área projetada no Paraná, concentrado sobretudo na região Norte. A umidade do solo favorece o avanço, mas os preços pouco atrativos — atualmente em torno de R$ 80 por saca — desestimulam os produtores. A estimativa de área foi revista para 886 mil hectares, abaixo dos 910 mil previstos em março e 22% menor que a área plantada em 2024. O Deral observa que outras culturas de inverno, como aveia e cevada, devem ganhar espaço.

No tomate, a primeira safra está praticamente encerrada, com 97% dos 2,5 mil hectares colhidos, resultando em 168,4 mil toneladas — volume ligeiramente abaixo do projetado. Enquanto a segunda safra, com 1,7 mil hectares, apresenta produtividade de apenas 38,7 t/ha, bem distante da meta de 64,8 t/ha. O desempenho fraco é atribuído a ondas de calor e à ocorrência de nova praga.

No mercado, os preços do tomate seguem instáveis. No atacado de Curitiba, a caixa de 20 kg do tipo extra AA longa vida foi de R$ 60 em janeiro a um pico de R$ 150 em março. Nesta semana, recuou para R$ 80. No varejo, o produto foi comercializado a R$ 10,25/kg na parcial de abril — alta de 84,4% em relação a janeiro.

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