Colheita do milho segunda safra 2023-24 avança no Paraná

A última semana apresentou clima estável no Estado do Paraná. Isso permitiu o avanço da colheita do milho segunda safra 2023/24. Ela já atingiu 92% da área plantada. Algumas regiões finalizaram a colheita. As informações são da Secretaria de Agricultura.

A colheita na reta final diminui a disponibilidade do milho no mercado interno. Isso tende a aumentar o preço. Na última semana, o preço da saca de 60 kg fechou em R$ 49,96. A alta foi superior a 12% comparado ao fechamento de agosto de 2023. Essa alta contrasta com a queda de mais de 16% na cotação da commodity na bolsa de Chicago.

Os preços mais altos no mercado interno são sustentados pela alta do dólar. O dólar subiu mais de 12%. A menor disponibilidade do produto também contribui. No entanto, o cenário é instável. Oscilações no dólar podem pressionar os preços para baixo. Além disso, o início da colheita americana pode causar uma pressão maior nos preços internacionais.

Colheita do trigo enfrenta dificuldades

A colheita de trigo no Paraná atingiu 1%. As produtividades iniciais são baixas e dificilmente cobrirão os custos, informam os técnicos da Secretaria da Agricultura do estado. A atividade das colhedoras se concentra na região Norte. Esta região foi impactada pela seca entre o final de maio e o início de julho. Alguns municípios registraram mais de 40 dias sem chuvas.

Devido à estiagem, 14% das lavouras estaduais estão classificadas como ruins. 21% estão classificadas como médias e 65% como boas. As lavouras ruins concentram-se principalmente na região Norte. Aproximadamente 70% dessas lavouras estão nessa região.

O custo de produção de um hectare de trigo, a preços de maio, foi estimado em R$ 3.236,02. Para cobrir esse custo, o produtor precisaria vender 43 sacas de trigo ao preço de R$ 76,00 por saca. Em condições normais, seria possível produzir essa quantidade em um hectare. No entanto, a falta de chuvas restringiu a produtividade.

Os relatos iniciais indicam uma produtividade entre 30 e 35 sacas por hectare nas lavouras afetadas pela seca. Esse volume provavelmente gera prejuízo ao produtor.