As usinas do Centro-Sul processaram 45,97 milhões de toneladas de cana na primeira quinzena de setembro, volume 6,94% superior ao registrado no mesmo período da safra passada. No acumulado até o dia 16, a moagem soma 450,01 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,68% em relação ao ciclo 2024/25.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), 259 unidades estavam em operação na primeira quinzena de setembro, número próximo ao do ano anterior. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) recuou 3,43% na comparação quinzenal, para 154,58 kg por tonelada.
A fabricação de açúcar alcançou 3,62 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de setembro. No acumulado da safra, a produção soma 30,39 milhões de toneladas, estável em relação ao ciclo anterior.
Já a proporção de cana destinada ao açúcar caiu de 54,2% na segunda metade de agosto para 53,5% na primeira quinzena de setembro. Em Goiás e Mato Grosso, a retração foi ainda maior, de 1,0 p.p. e 1,2 p.p., respectivamente. Segundo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica, a mudança reflete a maior atratividade do etanol frente ao açúcar nessas regiões.
A produção do biocombustível somou 2,33 bilhões de litros na quinzena, sendo 1,46 bilhão de hidratado (-9,68%) e 875,40 milhões de anidro (+4,35%). Do total, 16,74% foram obtidos a partir do milho, que registrou alta de 15,97% no período, para 390,13 milhões de litros. No acumulado da safra, a produção de etanol de milho já soma 4,12 bilhões de litros, crescimento de 19,43%.
As vendas de etanol cresceram 18,19% na primeira quinzena de setembro, somando 1,56 bilhão de litros. O anidro registrou aumento de 25,89% (599,05 milhões de litros), enquanto o hidratado avançou 13,42% (963,62 milhões de litros).
No mercado doméstico, foram comercializados 864,79 milhões de litros de hidratado (+5,89%) e 587,19 milhões de litros de anidro (+23,40%). Já as exportações dispararam 235,7%, com 110,7 milhões de litros vendidos no período.
No acumulado da safra, entretanto, as vendas totais de etanol ainda recuam 1,60%, somando 15,98 bilhões de litros.
De acordo com dados da B3, até 30 de setembro foram emitidos 31,69 milhões de créditos de descarbonização (CBios). Do total disponível, 97% já correspondem ao volume necessário para cumprimento integral da meta de 2025, considerando ajustes de anos anteriores e contratos de longo prazo.
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