STF julga reclamação no caso de royalties da soja Intacta RR2 Pro
O regimento interno do STF diz que o "Presidente do Tribunal ou da Turma determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente"
O trabalho desenvolvido pelo Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes) está se tornando referência no País. O laboratório do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), localizado na Fazenda Experimental de Venda Nova do Imigrante, foi escolhido para fazer a análise de qualidade de bebidas de cafés robustas produzidos no Estado do Mato Grosso.
Analisadas em fevereiro, as amostras de cafés foram obtidas em experimentos conduzidos nos municípios de Tangara da Serra e Sinop, sob a coordenação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Neste estudo, está sendo avaliado o comportamento agronômico de 50 clones híbridos de cafeeiros selecionados para cultivo nas condições amazônicas.
“No Mato Grosso, a produção de cafés da espécie C. canephora se concentra na parte oeste e norte do estado. Nessas regiões, a demanda por informações técnicas sobre a cultura é grande, especialmente com relação à escolha dos melhores clones para serem cultivados. Com este estudo, pretendemos identificar quais clones se adaptam melhor às condições de cultivo do oeste e norte do estado mato-grossense, e, agora, com o apoio Incaper, por meio do Cecafes, pretendemos também definir quais desses clones apresentam maior potencial para a produção de cafés especiais”, afirma o pesquisador Marcelo Curitiba Espindula, um dos coordenadores da pesquisa.
Os experimentos foram implantados em 2021 e tiveram a primeira safra colhida em 2023, no período de maio a julho. Os grãos avaliados no Cecafes são referentes a esta colheita. As principais conclusões deste primeiro ano de avaliação serão apresentadas ao público em um dia de campo que será realizado em maio de 2024, na Fazenda Experimental da Empaer no município de Sinop. A pesquisa ainda prevê a avaliação de cafés de mais três safras (2024 a 2026) no centro, para a confirmação do potencial genético de qualidade desses materiais.
Para o coordenador do Cecafes, Douglas Gonzaga de Sousa, a parceria possibilita ampliar o conhecimento sobre a diversidade da cafeicultura brasileira. “Provar cafés de diferentes terroirs é uma experiência enriquecedora para nossa equipe. Durante a análise sensorial, pudemos perceber toda a exuberância dos canephoras brasileiros, a diversidade de aromas e sabores à xícara e também a familiaridade e singularidade dos perfis encontrados em cada café, por se tratar de cafés oriundos de clones cultivados em condições de solo e clima diferentes dos cafés produzidos no Espírito Santo. Também é gratificante poder colaborar com outros estados produtores e ter essa integração com outras instituições”, afirma.
No Cecafes, as amostras dos cafés mato-grossenses passaram pelas etapas de processamento, antes de seguir para a análise sensorial da bebida, que foi acompanhada por pesquisadores da Empaer-MT.
“Foi muito interessante a experiência no Cecafes, porque é um centro muito bem organizado e coordenado, com uma equipe de trabalho muito técnica e competente. No Mato Grosso, ainda estamos desenvolvendo expertise na produção de cafés especiais. Então, é um privilégio contar com o apoio de técnicos e provadores qualificados do Espírito Santo, que se destaca como estado produtor de cafés especiais”, avalia a pesquisadora da Empaer-MT, Danielle Helena Müller.
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