Produzir mais com menos custo, aumentar a produtividade, qualidade e durabilidade dos frutos destinados ao processamento industrial e reduzir o uso de fertilizantes químicos na lavoura são os objetivos principais da Oceana Brasil no desenvolvimento de produtos à base da alga marinha Lithothamnium, extraída em jazida própria na costa do Maranhão. Um dos estudos de campo que apresentam resultados positivos nessa direção é o da cultura do tomate industrial, um deles realizado em lavoura comercial de Goiás, estado que detém aproximadamente 65% de todo tomate industrial plantado no País.
Na fazenda Primavera em Hidrolândia/GO, a aplicação do Algen Micron via água de irrigação no pivô central promoveu aumento de produtividade de 11 toneladas/ha, entre outras vantagens. O tratamento do plantio da variedade “Saladete” foi feito em quatro hectares, sendo, por um lado, na proporção de 1.350 Kg de NPK/ha e 150 Kg de Algen Micron/ha via pivô central; e, por outro, somente com 1.350 Kg de NPK/ha para efeito de controle comparativo.
Na área com Algen Micron, observou-se um acelerado desenvolvimento da lavoura do tomate, um ótimo estado nutricional e o fechamento das linhas; na área de controle comparativo, não houve o total fechamento das linhas nem o vigor observado no talhão com Algen Micron. A produtividade dos frutos de tomate na área onde foi aplicado o Algen, em comparação com a produtividade da área de controle, registrou-se um incremento de 11 toneladas por hectare, melhor aspecto nutricional das plantas e maior capacidade de suportar o estresse hídrico.
Material 100% biológico, o Algen é proveniente da parede celular micro porosa das algas marinhas calcificadas do gênero Lithothamnium, e reúne elementos orgânicos e minerais em sua composição, naturalmente equilibrados, altamente solúveis e reativos. Além disso, possui mais de 40 micro e macro nutrientes equilibrados, incluindo uma porção orgânica composta por aminoácidos e vitaminas.
“O Algen substitui cerca de 20% da matéria prima importada pela indústria nacional de nutrição vegetal (fertilizantes) pelo Lithothamnium, que é um elemento natural, de origem vegetal, rico em nutrientes, bioestimulante, ótimo condicionar de solos e potencializador dos efeitos dos próprios fertilizantes industriais”, explica Ricardo Macedo Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Oceana Minerals e com Mestrado em Agronomia/Ciência do Solo e Doutorado em Agronomia/Fitotecnia pela UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Também melhora a uniformidade dos frutos (diminuindo o desperdício), aumenta em até 30% a durabilidade dos hortifrúti na prateleira, estimula atividade microbiana do solo, potencializa absorção de NPK e aumenta qualidade e produtividade das lavouras, complementa.
“Esses benefícios fortalecem a indústria nacional, pois aumentam substancialmente a produtividade, a economia de recursos e a competividade do pequeno e médio agricultor (que não tem acesso à tecnologia utilizada pelos grandes players do mercado)”, diz Ricardo Macedo.