Banco do Brasil disponibiliza R$ 45,7 bilhões na safra 2011/12

07.07.2011 | 20:59 (UTC -3)

O Banco do Brasil destinará cerca de R$ 45,7 bilhões para operações de crédito rural na safra 2011/12, volume 17% superior comparado à safra anterior. Desse total, R$ 10,5 bilhões irão financiar a agricultura familiar e R$ 35,2 bilhões vão atender aos agricultores empresariais e cooperativas rurais, um incremento de 20% e 16%, respectivamente.

Desde o dia primeiro de julho, as agências do Banco do Brasil já estão contratando a nova safra com as alterações e inovações aprovadas pelo Governo Federal.

O Banco do Brasil, na safra 2010/11, cumpriu o seu papel de principal financiador do crédito agrícola do País. Da assistência realizada pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o Banco foi responsável por 73% dos créditos destinados à agricultura familiar, 77% ao médio produtor rural e 40% aos demais agricultores.

Foram desembolsados R$ 39 bilhões na safra 2010/11, evolução de 12% em relação à safra 2009/10. Para a agricultura empresarial, foram aplicados R$ 30,2 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 8,8 bilhões.

Os recursos desembolsados em operações de custeio e comercialização totalizaram R$ 30,7 bilhões, correspondendo a 79% do total de recursos aplicados no crédito rural. As operações de investimento totalizaram, na safra 2010/11, R$ 8,3 bilhões, evolução de 14% em relação ao mesmo período da safra anterior.

O Banco do Brasil contratou, na safra 2010/11, R$ 3,28 bilhões em operações rurais com as cooperativas do agronegócio, crescimento de 12,4% em relação à safra anterior.

Merece destaque a atuação no âmbito do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias – Procap Agro, no qual o Banco do Brasil foi o maior aplicador desde o lançamento, com um total de R$ 1,139 bilhão liberado.

Desde o lançamento, na safra 2008/09, da linha de investimento Pronaf Mais Alimentos, o Banco já contratou 122 mil operações, com um total de R$ 5,8 bilhões. Na safra 2010/11 foram aplicados R$ 2,3 bilhões (48 mil contratos).

O Banco atuou de forma intensa no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, destinado aos produtores que possuíam, na safra 2010/11, renda anual de até R$ 500 mil. Foram contratadas cerca de 74 mil operações por meio da linha Pronamp Custeio e Investimento, com um volume de R$ 3,9 bilhões, o que representa incremento de 54,6% em relação à safra 2009/10. Desse total, R$ 2,7 bilhões foram destinados para operações de custeio e R$ 1,2 bilhão para investimento.

No primeiro trimestre de 2011, o Banco do Brasil manteve a liderança no ranking do Sistema Nacional de Crédito Rural, com participação de 61,2%. A carteira de agronegócios do Banco atingiu o montante de R$ 77,4 bilhões, mantendo a tendência de crescimento observada nos últimos anos e a melhora no perfil. Somado o valor contratado de BB CPR, atinge R$ 78,3 bilhões.

A participação das operações com nível de risco AA até C atingiu o maior percentual desde 2005 (92,2%).

Do total de custeio agrícola contratado, 51% foram protegidos com mitigadores de risco, seja contra intempéries climáticas (seguro agrícola ou Proagro) ou contra oscilações negativas de preço (opções agropecuárias). A tabela a seguir apresenta as principais culturas e o seu respectivo percentual de mitigação em relação ao valor contratado.

Dentre as principais medidas adotadas pelo BB que influenciarão positivamente a próxima safra, destacamos:

Na nova safra, o Banco do Brasil ampliará sua atuação no modelo de relacionamento com os clientes produtores rurais, que proporcionará atendimento personalizado, orientação financeira, oferta de produtos e serviços específicos para suas atividades e financiamento da produção. Até o momento, cerca de 45 mil clientes estão sendo atendidos por este novo modelo em todo o País.

Com a diminuição das taxas de juros para o setor e a ampliação das linhas de investimento, o Banco do Brasil pretende, na safra 2011/12, ampliar em 19% o número de clientes agricultores familiares que possuem operações de crédito em ser, passando dos atuais 1.260 mil clientes para 1.500 mil.

Na safra 2011/12, o Governo Federal elevou de R$ 500 mil para R$ 700 mil o limite de renda anual para enquadramento no Pronamp e ampliou os limites de financiamento, tanto para custeio (R$ 400 mil) como para investimento (R$ 300 mil). O Banco do Brasil continuará incentivando o médio produtor rural, disponibilizando recursos no montante de R$ 5,1 bilhões, 30% superior ao desembolsado na safra passada.

Além das tradicionais linhas de investimento com recursos do BNDES, na safra 2011/12 o Banco do Brasil destinará o montante de até R$ 1,5 bilhão da Poupança Rural (MCR 6.4) para financiar projetos de investimento agropecuários nas mesmas condições dos programas ABC, Moderagro, Moderinfra, Prodecoop e Procap-Agro.

Do total de R$ 1,5 bilhão da Poupança Rural destinado para financiar investimentos agropecuários na nova safra, R$ 850 milhões serão direcionados para incentivar a Agricultura de Baixo Carbono, visando promover a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O Banco disponibilizará, em conjunto com o grupo segurador BB Mapfre, uma nova modalidade de seguro rural, o BB Seguro Agrícola Faturamento. O novo seguro, além de garantir ao produtor rural a diferença de faturamento ocasionada por eventos climáticos, garantirá o ressarcimento da redução de receitas causadas pela variação de preço do produto no mercado. Nesta safra, o seguro faturamento abrangerá a cultura da soja.

Esse seguro, por ser um seguro rural, contará com isenção de IOF e subsídio federal, em média, de 50% do valor do prêmio, além de fazer jus a subvenção estadual, cumulativamente, quando disponível. Estimamos, em conjunto com o grupo segurador BB Mapfre, que a importância segurada atinja R$ 500 milhões.

Entre os destaques da safra 2011/12, estão as novas medidas de apoio à pecuária e à cana-de-açúcar. O Banco incentivará a recuperação de pastagens, o aumento da produtividade pecuária, a renovação do plantel e a melhoria genética do rebanho brasileiro, valendo-se, principalmente, da ampliação dos limites de custeio e de investimento com recursos controlados do crédito rural e da nova linha para aquisição de matrizes e de reprodutores bovinos e bubalinos (cujo limite de financiamento é de R$ 750 mil por beneficiário, com prazo de cinco anos e até 18 meses de carência).

No caso da cana-de-açúcar, estão asseguradas linhas de financiamento para a expansão e renovação de canaviais, com financiamento de até R$ 1 milhão por produtor rural, com prazo de pagamento de cinco anos, incluídos até 18 meses de carência.

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