Workshop vai discutir conservação e uso de recursos genéticos animais
A exploração florestal no Brasil de fato se iniciou com a descoberta do país, primeiramente sobre as florestas localizadas em regiões próximas a costa brasileira, que foi se adentrando ao continente, com o passar dos anos e com as mudanças de interesses. E com pouco mais de cinco séculos, em nosso país ainda se observa um constante avanço sobre os remanescentes florestais. Diante disso, Dean (2007) afirma que a história florestal corretamente entendida é de exploração e destruição.
Tal fato tem levantado discussões em torno da utilização dos recursos florestais de modo a conservar as florestas e usufruir o que ela pode nos oferecer, com devido acompanhamento técnico (Castro, 2007). Esta premissa tem levado ambientalistas e economistas a catalisarem o interesse da ciência e dos governos sobre os Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM´s), onde além do seu potencial de aplicação é uma atividade que pode proporcionar maior engajamento de pessoas em um componente de subsistência (Fiedler et al., 2008).
Os PFNM´s ou os produtos florestais diferentes de madeira são considerados todos os produtos de origem vegetal retirados das florestas, sejam brutos ou subprodutos, a exemplo dos frutos, das sementes, das folhas, das raízes, os cipós, as cascas e os exsudatos, os quais costumam ser destinado ao uso medicinal, ornamental, aromático, comestível, industrial e religioso (Brasil, 2004).
Os PFNM´s já fazem parte das comunidades tradicionais, entretanto sua valoração e participação direta como item na geração de renda, pode ser considerada recente. Com isso faz-se necessário melhorar as técnicas de extração, difundido o uso e a exploração desses recursos, com técnicas adequadas de manejo. Garantindo a exploração futura e a valorização econômica dos produtos e subprodutos gerados. Com isso, passando a ser considerada uma atividade viável do ponto de vista socioambiental e econômico (Gentry e Blaney, 1990; FAO, 1995).
Ainda, podemos considerar os PFNM´s como uma das formadas de produção florestal mais desafiadora do ponto de vista mercadológico, diante do número de produtos gerados, da versatilidade, da variedade, bem como da diferenciação em relação a outros produtos básicos (Santos et al., 2003)
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Engenheiro Florestal e Mestrando em Ciências Florestais
Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutorando em Ciências Florestais
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