Alunos de Agronomia do Pará conhecem tecnologias para produção de hortaliças

20.11.2014 | 21:59 (UTC -3)

Implantado em 1990 e primeira experiência de interiorização do ensino superior do estado, a busca do conhecimento gerado pelas pesquisas tem levado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) – Campus Conceição do Araguaia a incluir, a partir da implantação do curso de Agronomia, em 2011, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) em sua agenda de atividades.

Em mais uma visita de à Unidade, no dia 19 de novembro último, o professor de Gestão Ambiental Paulo Spayer acompanhou os 23 alunos do segundo ano do curso de Agronomia da instituição que assistiram explanações de pesquisadores a respeito de mudanças climáticas, nutrição de plantas e manejo de irrigação.

"Essas visitas representam uma complementação e uma agregação de valor às aulas ministradas no campus e têm uma importância fundamental para a formação profissional desses futuros agrônomos", avalia o professor. "E a Embrapa Hortaliças é uma referência para essa formação", acrescenta.

Outro ponto que mereceu destaque, dessa vez dos alunos, se refere à escolha da área em que pretendem atuar. Para a maioria, o acesso ao conjunto de informações vindas de diversas áreas, propiciado pelo conhecimento do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da Unidade, ajuda na escolha "de qual caminho seguir".

Além disso, valorizaram a experiência de conhecer as tecnologias voltadas para a produção de hortaliças e os seus desafios, como as mudanças climáticas, que devem promover o redesenho das áreas de cultivo de olerícolas. Tema da abordagem de Ítalo Guedes, pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Unidade, o enfoque dessa questão foi recebida como uma oportunidade para descortinar novas perspectivas frente à realidade da região, apontada pelo pesquisador como altamente suscetível aos efeitos dessas mudanças.

"O grande desafio para produzir na Amazônia é a temperatura, que promove maior ocorrência de doenças que afetam a produtividade, principalmente de solanáceas, como tomate e pimentão. Então, temos incluído mais esse foco em nossos projetos de pesquisa, tendo em vista o agravamento dessa condição climática pela intensificação do efeito estufa", aponta o pesquisador.

Recém-contratada pelo IFPA, a professora de Gestão Ambiental Regiane Santos explica que acompanhou a caravana para "fazer contatos e interagir com os pesquisadores", visando realimentar a sua área de atuação. E espera integrar as próximas visitas, tendo em vista os conhecimentos adquiridos, "altamente relevantes para o aperfeiçoamento de professores e para o futuro profissional dos alunos".

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