Com a aprovação de 133 cartas-consulta ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), estabelecimentos rurais goianos terão R$ 174,9 milhões para investimentos em atividades agropecuárias. As propostas para captação de empréstimos na linha Rural do FCO foram aprovadas pela Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) nesta quinta-feira (15/09). Estabelecimentos de pequeno-médio porte ficaram com a maior fatia dos recursos: 42,7%. O restante foi direcionado a estabelecimentos de pequeno (30,9%), médio (25,2%) e grande (1,2%) portes. O tíquete médio por carta ficou em R$ 1,3 milhão.
Os projetos preveem a criação de 231 empregos diretos em 73 municípios. “Isso mostra que o agro está cumprindo o seu papel social, criando oportunidades de ocupação e renda no campo, além de contribuir para o desenvolvimento econômico do Estado”, afirma o superintendente de Produção Rural Sustentável (em exercício) da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ricardo Carneiro. Os dez municípios com maior volume de recursos previstos são: Rio Verde, Caiapônia, Montividiu, Caçu, Itumbiara, Goiatuba, Silvânia, Piranhas, Palmeiras de Goiás e Mineiros.
Carneiro chama atenção ainda para o fato de que, entre as cartas aprovadas, há projetos que preveem investimentos em sistemas fotovoltaicos. “Esse tipo de tecnologia ajuda a ampliar o nível de sustentabilidade do agronegócio goiano. É fonte de energia que temos em abundância e precisamos incentivar cada vez mais”, completa.
Além de sistemas fotovoltaicos, as cartas-consulta deferidas pelo CDE projetam investimentos em máquinas e implementos, matrizes e reprodutores, sistemas de irrigação, pastagens, correção de solo e armazenamento, entre outros itens. As atividades contempladas são produção de grãos, bovinocultura de corte e leite, cana-de-açúcar e avicultura.
Aumento expressivo
De janeiro a setembro de 2022, a CDE aprovou 1.334 cartas-consulta ao FCO Rural. O volume de financiamentos autorizados já chegou a R$ 1,6 bilhão. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento no número de projetos aprovados chega a 53,3% e no de financiamentos deferidos, a 92,7%.