Novo sorgo forrageiro BRS 661 alia alta produtividade e qualidade nutricional
Sua adaptabilidade a diversos sistemas de produção de forragem a tornam estratégica para pecuaristas e agricultores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste
No primeiro quadrimestre de 2024, o agronegócio paulista contribuiu significativamente para o saldo da Balança Comercial do Estado de São Paulo. Segundo dados da análise setorial do agronegócio, comparando o período de janeiro a abril de 2024 com o mesmo período do ano anterior, o setor registrou um aumento de 18,6% nas exportações, totalizando US$9,37 bilhões. As importações também apresentaram crescimento, alcançando US$1,86 bilhão, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior.
Com esses resultados, o saldo da Balança Comercial do Agronegócio Paulista atingiu um superávit de US$7,51 bilhões, aumento de 21,7% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2023, de acordo com Carlos Nabil Ghobril, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios e dos pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai, o resultado favorável do setor deve-se a uma série de fatores, mas principalmente à resiliência do homem e da mulher do campo. “Vemos que mesmo em cenários adversos, com quebra de safra, com preço de commodities menos atrativos, o produtor rural do Estado de São Paulo não deixa de exercer com competência seu trabalho que garante comida na mesa de diversas partes do Brasil e do mundo e, paralelamente, mantém seu posto como mola propulsora da economia paulista” completa Piai.
Destaca-se que as exportações do agronegócio representaram 42,8% do total das exportações do estado de São Paulo no acumulado de janeiro a abril de 2024, enquanto as importações do setor corresponderam a 7,8% do total.
É importante ressaltar que as exportações nos demais setores da economia paulista somaram US$12,51 bilhões e as importações atingiram US$22,10 bilhões, gerando um déficit externo de US$9,59 bilhões nos primeiros quatro meses de 2024, o desempenho positivo do agronegócio estadual foi fundamental para evitar um déficit ainda maior.
Os cinco principais grupos nas exportações foram:
1. Complexo sucroalcooleiro: totalizando US$3,65 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 89,9% e o álcool etílico – etanol, 10,1%.
2. Produtos florestais: alcançaram US$998,52 milhões, com participações de 53,3% de celulose e 39,9% de papel.
3. Carnes: registraram US$986,35 milhões, sendo que a carne bovina respondeu por 83,6%.
4. Complexo soja: totalizando US$915,94 milhões, dos quais a soja em grão participou com 84,9%.
5. Sucos: com vendas de US$762,63 milhões, sendo 97,6% referentes a suco de laranja.
Esses cinco agregados representaram 78,0% das vendas externas setoriais paulistas.
O grupo do café, tradicional cultura do estado de São Paulo, aparece em sexto lugar, com vendas de US$399,29 milhões (73,6% referentes ao café verde e 23,1% de café solúvel).
Destaca-se também o crescimento do grupo de fibras e produtos têxteis, cujas exportações aumentaram 1.365,6%. O principal produto foi o algodão não cardado e nem penteado, representando 95% do grupo. Houve um aumento significativo no volume exportado, passando de 901 toneladas nos primeiros quatro meses de 2023, para 139 mil toneladas em 2024, com embarques predominantemente para a China, devido ao baixo estoque deste produto.
A análise setorial aponta que primeiro quadrimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista:
Aumentos para os grupos:
● Complexo sucroalcooleiro (+79,7%)
● Café (+20,4%)
● Produtos florestais (+13,0%)
● Sucos (+11,8%)
● Carnes (+5,9%)
● Queda no grupo:
● Complexo soja (-43,4%)
Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
A participação paulista no total da Balança Comercial Brasileira, considerando todos os setores da economia, apresentou uma queda no primeiro quadrimestre de 2024. Segundo dados da Análise Setorial do Agronegócio, as exportações do estado caíram 0,4 ponto percentual, enquanto as importações recuaram 0,6 ponto percentual. As exportações representaram 20,1% do total nacional, enquanto as importações alcançaram 29,5% de representatividade.
No entanto, para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro quadrimestre de 2024 representaram 17,9% do agronegócio brasileiro, registrando um aumento de 2,3 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações recuaram 1,2 ponto percentual, fechando em 29,2%.
Em relação aos principais estados exportadores, São Paulo aparece na segunda posição, com 17,9% de participação, atrás apenas de Mato Grosso (18,6%). Na sequência, estão o estado do Paraná (11,4%), Minas Gerais (9,6%) e Rio Grande do Sul (7,5%). Juntos, esses cinco estados representaram 64,9% das exportações totais do agronegócio brasileiro no primeiro quadrimestre de 2024.
A participação dos grupos do agronegócio paulista no agronegócio nacional, no acumulado até abril de 2024, se destacou nos seguintes grupos de produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50% do total nacional: sucos (84,7%), produtos alimentícios diversos (72,2%), demais produtos de origem vegetal (64,0%) e complexo sucroalcooleiro (59,5%).
As exportações do agronegócio brasileiro no primeiro quadrimestre de 2024 apresentaram um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo o valor de US$52,39 bilhões, o que representa 48,1% do total nacional. As importações, por sua vez, subiram 11,8% no período, registrando US$6,36 bilhões, o equivalente a 7,8% do total nacional.
O saldo da Balança Comercial do Agronegócio registrou um superávit de US$46,03 bilhões no acumulado até abril de 2024, 2,7% superior na comparação com igual período de 2023.
Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio. Enquanto os demais setores da economia registraram exportações de US$56,46 bilhões e importações de US$74,75 bilhões, produzindo um déficit de US$18,29 bilhões no primeiro quadrimestre de 2024.
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