Agrilevante 2025 destaca mecanização agrícola no Mediterrâneo

A Agrilevante 2025 será realizada em Bari, na Itália, entre os dias 9 e 12 de outubro. Organizado pela Federação Italiana dos Fabricantes de Máquinas Agrícolas (FederUnacoma), o evento já tem 75% do espaço ocupado, com expectativa de atingir a marca de 350 expositores de 20 países. A edição anterior recebeu 95 mil visitantes, incluindo 4 mil estrangeiros de 60 países, e a previsão é que o número seja superado em 2025.

A feira é voltada para agricultores, técnicos e operadores do setor agrícola do Mediterrâneo, dos Bálcãs, do Oriente Médio, do Norte da África e da África Subsaariana.

As tecnologias apresentadas abrangem tratores, máquinas operacionais, equipamentos e componentes, com foco em soluções para cultivos aráveis, vinhedos, pomares, horticultura e pecuária.

O objetivo é impulsionar a produtividade, preservar a biodiversidade e enfrentar desafios como a escassez de água e a estrutura complexa dos solos da região.

Entre as novidades, estão a área Levante Green, dedicada a equipamentos para jardinagem e cuidados com áreas verdes, e a Extend, que abrigará órgãos institucionais. Outra atração será a área REAL, voltada à robótica agrícola, com exposições e demonstrações de sistemas automatizados.

A programação incluirá conferências sobre temas técnicos, como olivicultura e aplicações digitais, e questões político-econômicas, como perspectivas comerciais no Mediterrâneo e o Plano Mattei para a África. Destaque também para o Concurso de Máquinas Agrilevante, que premiará inovações na mecanização agrícola e no cuidado ambiental.

O mercado de máquinas agrícolas na região segue em crescimento. No Norte da África, a demanda aumentou 22,2% entre 2022 e 2024, passando de €611 milhões para €747 milhões. Nos Bálcãs, houve um aumento de 8% entre 2022 e 2023, seguido por uma queda de 6% em 2024, devido à retração na Croácia (-8%) e na Sérvia (-23%).

A Turquia registrou alta entre 2022 e 2023, mas desacelerou em 2024. Em Israel, as importações caíram 22,4% em 2023 e mais 14% em 2024, impactadas pelo conflito na região.