Agricultores familiares conhecem alternativas para a atividade

25.06.2010 | 20:59 (UTC -3)

Pela 1ª vez visitando o Agroshow, em Nova Petrópolis/RS, o agricultor Ivanir Dall’Agnol, de Nova Prata, ficou satisfeito com o que viu e aprendeu.

“Tem bastante coisas interessantes, mas cada um dá prioridade para a sua área de atuação”, destacou o produtor rural, que trabalha com gado de leite, grãos e florestamento. Promovido pela Emater/RS-Ascar, Cooperativa Piá e Prefeitura, o Agroshow, feira de dinâmicas, negócios e tecnologias para a agricultura familiar, prossegue até domingo (27), no Centro de Eventos, em Nova Petrópolis.

O tratamento de moirões foi uma das técnicas que chamaram a atenção de Ivanir. “Eu tenho a madeira, mas não sabia como tratar. Agora, seu eu conseguir os produtos para preparar a solução, vou fazer o tratamento dos moirões, para que tenham maior vida útil”, afirmou. O método, apresentado pelos técnicos da Emater/RS-Ascar, consiste em substituir a seiva da madeira por uma solução preservativa, à base de sais. As espécies mais indicadas para isso são o eucalipto e a acácia negra. “O tratamento aumenta a durabilidade dos moirões de madeira macia. Enquanto que expostos ao tempo eles durariam 5 anos, com esse método eles passam a ter uma durabilidade de 20 anos”, enfatiza a engenheira florestal da Emater/RS-Ascar, Adelaide Ramos. Sabendo como fazer, o agricultor não precisa comprar os moirões tratados e pode aproveitar a matéria-prima para diversos fins, como o uso em cercas, parreirais ou pequenas construções. “O nosso foco é o múltiplo uso das florestas, seja para moirão, carvão, móveis, lenha, extração de palmito, artesanato ou subprodutos, como cosméticos e bebidas”, completa Adelaide.

Outra tecnologia exposta no Agroshow é o sistema de cultivo de uva em ambiente protegido, indicado principalmente para a produção de uva de mesa. O uso da plasticultura, que vem crescendo na região serrana, visa garantir a produção e eliminar o uso de agrotóxicos. A cobertura plástica protege da chuva e da umidade na folha, que provoca doenças e acarreta perdas. “É uma segurança para o agricultor, que vai produzir, e é bom para o consumidor, que vai ter um produto de mais qualidade, com menos agrotóxicos”, salienta o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Thompsson Didoné. De acordo com ele, o sistema possibilita a produção de uva de mesa orgânica, o que é difícil no cultivo tradicional. O custo total de implantação por hectare (cobertura, estrutura, irrigação, etc) é de R$ 60 mil a 80 mil. Mas, apesar de elevado, o investimento é viável. “No quarto ano se paga”, conclui o extensionista.

Informações: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Caxias do Sul - (54) 3223-5633 /

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro