Adubação Biológica com Microgeo apresenta aumento superior a 30% de massa verde em pastagens
Resultados foram compilados em diferentes propriedades e Estados do Brasil e apresentados durante o Desafio Microbioma Brasil
06.10.2021 | 20:59 (UTC -3)
Mariana Cremasco
Pesquisas já comprovam que restabelecer o microbioma do solo gera benefícios que atuam no condicionamento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Essas melhorias refletem imediatamente nos resultados de qualquer tipo de cultura agrícola cultivada.
Durante a etapa Cerrado Oeste do ‘Desafio Microbioma Brasil’ (DMB), a competição que avalia experimentos que fazem uso da adubação biológica feita através da Biotecnologia Microgeo, o Supervisor de Desenvolvimento de Mercado, Eng. Agr. Lucio Nunes, apresentou resultados em pastagens de 27 propriedades de 9 Estados diferentes do país.
As análises positivas foram identificadas logo após a primeira aplicação tanto em relação ao aumento de massa verde quanto em massa seca. Um exemplo foi o resultado gerado pela MS Fernandes Consultoria Agrícola, em uma área na cidade de Itapegi/MG. Houve aumento de 1800 kg de massa verde por hectare em relação a área testemunha da Brachiaria decumbens.
Em Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso, após a primeira aplicação da Biotecnologia Microgeo, um produtor identificou o aumento de 21% no desenvolvimento vegetativo da Brachiaria humidicula.
Outros pontos de destaque foram identificados nos resultados das análises bromatológicas dessas gramíneas. A cada quilo de massa verde medida, por exemplo, foi identificado um aumento de 8g de proteína bruta. "Isso é muito importante, porque cada ponto ganho nesse quesito significa menos ração, menos custo ao produtor. O gado é feito para comer pastagem, então o que a gente conseguir proporcionar em pastagem é economia na hora da suplementação animal", explicou Nunes.
Durante a apresentação, o supervisor destacou que hoje pastagens e rebanhos brasileiros usam 19,4% da área do país, o que corresponde a 162,19 milhões de hectares. A integração lavoura pecuária (ILP) tem crescido muito e há projeção para que, em 2030, em torno de 35 milhões de hectares sejam utilizados com o método.
O setor agropecuário é representativo no Brasil, mas melhorias constantes fazem-se necessárias. Solos degradados, limitam a taxa de lotação/área e impactam na lucratividade do sistema. A taxa de lotação média brasileira é de 0,93 UA/ha, a biotecnologia desenvolvida pela Microgeo é inovadora e capaz de auxiliar na reversão da degradação das pastagens com baixo custo e mínimo de operação. “Em um ensaio de Goiás logo na primeira avaliação a gente obteve um ganho de 1,55 UA/ha, só isso já é o dobro da média brasileira. E além do ganho expressivo de massa verde, utilizando a Biotecnologia Microgeo, foi identificado, em todas as análises, maior acúmulo da matéria seca, o que é muito importante”, completou Nunes.
O Microgeo é um componente balanceado que nutre, regula e mantém a produção contínua do Adubo Biológico. Na própria fazenda é feita a instalação de uma estrutura chamada de Biofábrica CLC. Por um processo de Compostagem Líquida Contínua (CLC), são adicionados no equipamento conteúdo ruminal da região (para preservar a identidade local dos grupos de microrganismos adaptados às condições climáticas da localidade), água não clorada e o produto Microgeo Start. A partir do 15º dia, a compostagem fica pronta para ser utilizada. Após isso, a cada retirada do adubo biológico para aplicação, repõe-se a água e o Microgeo.
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