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A Associação Brasileira das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra) garantiu isonomia tributária e condições de competitividade nas discussões que levaram à aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 68/2024. O texto construído corrige distorções contidas no substitutivo apresentado pelo Grupo de Trabalho, conferindo equilíbrio concorrencial entre cooperativas, cerealistas e revendas de insumos.
As sugestões foram incorporadas ao primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária, aprovado na quarta-feira (9), no Plenário da Câmara dos Deputados. O texto estabelece regras e guias para as cobranças dos três impostos sobre o consumo (IBS, CBS e Imposto Seletivo) criados pela reformulação do sistema tributário, aprovada e promulgada pelo Congresso em 2023.
A razão da controvérsia estava num item que permitia com que as cooperativas realizassem vendas a produtores rurais sem a incidência de IBS e CBS, enquanto outros agentes de mercado, como cerealistas e distribuidoras de insumos, continuavam sujeitos à tributação. Essa mudança criava uma assimetria de mercado, favorecendo as cooperativas e prejudicando a livre concorrência.
O presidente da Acebra, Jerônimo Goergen (na foto), também destacou a participação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) na construção do entendimento. “Somos atores importantes na produção agrícola e nosso trabalho se complementa. Não há porque ficarmos em lados opostos. O acordo vai garantir isonomia tributária, competitividade e livre concorrência. Uma vitória de todos os homens e mulheres do campo”, explicou.
Goergen esclarece que, desde a primeira versão do substitutivo, a essência do trabalho realizado pelas cerealistas estava resolvida. No entanto, permanecia uma distorção que poderia acarretar uma carga adicional de 11% na venda dos produtos comercializados pelas empresas. “Como a venda de insumos é parte importante da atuação das cerealistas, atuamos para corrigir e garantir isonomia tributária. Esse nosso trabalho acabou beneficiando outros segmentos, como as revendas de insumos, entre outros atores econômicos”, detalhou.
O dirigente disse que agora as atenções se voltam para as negociações no Senado, onde a regulamentação ainda precisa ser aprovada antes de entrar em vigor. “Seguiremos mobilizados para confirmar as conquistas asseguradas na Câmara”, concluiu.
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