Abertura da Colheita do Arroz é lançada com demandas para o setor

Evento apresentado na Expointer teve a presença de autoridades como o governador do Rio Grande do Sul

27.08.2019 | 20:59 (UTC -3)
Artur Chagas

Lançada no início da tarde desta segunda-feira, 26 de agosto, a 30ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas,  que ocorrerá na Estação Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, no Sul do Estado. O evento ocorrerá entre 12 e 14 de fevereiro de 2020. No vídeo de lançamento, a Federarroz destacou que 70% do arroz produzido no país é gaúcho. A atividade é responsável por 3% do ICMS gerado no Rio Grande do Sul. Dos 527 municípios gaúchos, 140 têm no arroz a principal atividade  econômica. O arroz gera  20 mil empregos no Estado.


O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, destacou que o setor tem a segunda maior produtividade do mundo, atrás dos Estados Unidos. O dirigente chamou a atenção para dificuldades enfrentadas pelo setor como custos altos e produtividade baixa. “A área de colheita sofre uma redução estimada de 14% no país e de 7% no Rio Grande do Sul, com baixa de 9 mil para 6 mil o número de unidades produtivas”, salientou.  No entanto, Velho ressaltou que, mesmo assim, o Estado seguirá como protagonista na produção do arroz brasileiro devido ao clima.

O governador Eduardo Leite afirmou estar ciente da importância da pauta da competitividade para o Rio Grande do Sul. Destacou a privatização de estatais e a reforma da previdência do Estado como algumas das medidas necessárias para transferir recursos do Estado para o setor produtivo. Deu como exemplo o déficit da previdência do Estado que contabiliza um rombo de R$ 12 bilhões por ano. Por isso, conclamou apoio às reformas e reiterou compromisso com a cadeia produtiva do arroz.
Durante o evento, o setor do arroz recebeu uma boa notícia. O Banco do Brasil vai lançar uma linha de crédito especial de financiamento para a próxima safra, a partir da semana que vem.  A exemplo do que já ocorre com outras commodities, o produtor poderá registrar o arroz também em bolsa, no mercado futuro. Com isso, ele garantirá o preço projetado quando chegar a época da colheita. O Banco do Brasil garantirá a diferença, caso o preço na colheita for menor do que o projetado.

Também participaram da abertura do 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, entre outras autoridades, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (PMDB/RS) o presidente do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Guinter Frantz, o senador Luiz Carlos Henze (PP/RS), o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, e o chefe-geral da Emprapa Clima Temperado, Clenio Pillon.

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