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A 20ª edição do Clube da Fibra da FMC foi marcada por comemorações e homenagens especiais: os 15 anos da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 40 anos da FMC no Brasil e vinte edições do evento. Mais de 150 produtores rurais participaram de palestras com especialistas renomados que abordaram sobre o futuro do setor em toda a cadeia produtiva. Principais temas abordados nos paineis foram: ações para supressão do bicudo, perspectivas políticas e econômicas do Brasil e o agronegócio brasileiro sob a ótica do setor financeiro. Outro destaque foi o lançamento do livro “Olhos da Caatinga”, do engenheiro agrônomo, Henrique José da Costa Moreira, com fotos inéditas da fauna e flora do bioma exclusivamente brasileiro, uma homenagem ao Brasil em comemoração os 40 anos da FMC no País. O evento foi realizado entre os dias 27 a 30 de agosto, no Hotel Hilton, em Buenos Aires, na Argentina.
O diretor comercial FMC Vendas Diretas, Carlos Baptista, realizou a abertura do evento com panorama do setor da cotonicultura. “A FMC representa a maior área tratada em relação à cultura do algodão e queremos continuar evoluindo em soluções que trazem conveniência ao produtor no campo”, comentou Baptista. Já o diretor de marketing da FMC, Marcio Farah, destacou a cultura e os valores da companhia e as estratégias de negócios para crescimento da FMC. “Novas formulações são tendências, aquisição e licenciamento de ativos, pesquisa e desenvolvimento de biológicos, modelo de negócios para soluções agrícolas, margens e crescimento sustentável, investimento em tecnologia e expertise em R&D com colaboradores capacitados, inovação e flexibilidade de produção. Queremos crescer dessa forma e com sustentabilidade”, completou.
O diretor geral Brasil da FMC, Walter Costa, falou aos participantes sobre as conquistas do setor e de como a companhia visualiza sua estratégia de futuro. “Já são 20 edições do Clube da Fibra em prol do setor marcado por pioneirismo, visão, ação, persistência e paixão, para quem trabalha com algodão, estar no lugar onde vocês estão hoje significa uma conquista e tanto. Sabemos que a cultura é importante para vocês, para nós e também para o Brasil e chegamos até aqui juntos e continuaremos assim por meio de um futuro sustentável. Tem que ser bom para o meio ambiente, sociedade e para o negócio e é nesse sentido que nos orientamos ao investirmos constantemente em pesquisas e inovações tecnológicas trazendo conveniência para o seu dia a dia no campo”, destacou.
Painéis
O “Painel I: Abrapa - 15 anos de Paixão pelo Agronegócio Brasileiro” teve a presença do presidente da Abrapa, Gilson Pinesso, que destacou a trajetória da associação, que teve seu início no Clube da Fibra da FMC, ações realizadas em prol do setor e projeções para a próxima safra. “Devido ao mercado de Nova York em baixa, para próxima safra, estimamos uma redução 10% a 12% da área plantada, com uma área abaixo de um milhão de hectares de algodão. O que é ruim para o setor, pois empregamos 1.7 milhões de pessoas e temos um PIB de U$ 19 bii, mais ou menos o PIB do Paraguai, e toda a cadeia sofre com essa redução”, destacou o presidente.
Já o diretor executivo da Abrapa, Marcio Antônio Portocarrero, abordou sobre a qualidade do algodão brasileiro e o Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e também os resultados positivos alcançados na safra 13/14 com a BCI (Better Cotton Initiative). “No Brasil, na safra 2013/14, 66% da área foi licenciada pelo BCI, o que corresponde a 745 mil hectares. Já no programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) cobriu 805 mil hectares, ou 71% da área. Em 2011/12, 34% da área certificada pelo ABR também era licenciada pelo BCI. Agora, essa relação chega 93%. Nossa meta é atingir 100%”, concluiu o diretor. Portocarrero explicou que o Brasil lidera a produção de algodão BCI no mundo, com 60% do total.
O debate do “Painel II: Crescimento e Desenvolvimento do Agronegócio sob a Ótica do Setor Financeiro" foi mediado pelo sócio-diretor da Agroconsult, André Pessoa e teve como participantes o vice-presidente executivo do Santander, Pedro Coutinho, diretor de agronegócio do Itaú BBA, Alexandre Figliolino e o senador e empresário do Grupo Amaggi, Blairo Maggi. Foram abordados cenários e projeções do agronegócio e a necessidade dos grupos familiares se estruturarem na governança corporativa com o objetivo de ter transparência e como resultado aumentar a credibilidade e o índice de confiança dos stakeholders.
O terceiro painel foi realizado no último dia 29 e abordou “Brasil - Perspectivas Políticas e Econômicas no Período 14/18”. O moderador foi o jornalista Guto Abranches e participaram do painel o economista Maílson da Nóbrega, coordenador da GV Agro e presidente da Academia Nacional de Agricultura, Roberto Rodrigues e o jornalista político, Merval Pereira. Os palestrantes realizaram uma análise da economia brasileira e do cenário das eleições de 2014, destacando as vantagens e desvantagens dos principais presidenciáveis, intenção de voto e projeções para os prováveis cenários políticos do próximo governo do País.
O último painel foi sobre "Bicudo: O Velho Inimigo Voltou” e os pontos debatidos foram: o alto índice da praga na cotonicultura, soluções tecnológicas para controle e um panorama do passado, presente e futuro do Bicudo na cultura do algodão no Brasil. O debate foi mediado pelo gerente de Marketing Vendas Diretas Cerrado da FMC, Luciano Zanotto com João Carlos Jacbsen Rodrigues, do grupo de trabalho tecnologia Abrapa, Wanderley Oishi (Fibra Consultoria), Sérgio de Marco (Grupo BDM-MT) e o produtor da Bahia e Goiás, Paulo Shimohira.
Homenagens
O 20° Clube da Fibra foi encerrado com a comemoração dos 15 anos da Abrapa por meio de jantar e homenagens também aos 40 anos da FMC no Brasil e a vigésima edição do evento. O presidente da FMC Corporation América Latina homenageou o presidente da Abrapa, Gilson Pinesso. ““Vocês construíram uma associação extraordinária, pois são representativos e apoiam o setor para uma cotonicultura mais forte e vibrante. Sentimos um privilégio imenso e um grande orgulho de atuarmos lado a lado no segmento”, comemorou Zem. Pinesso retribuiu e entregou ao Zem troféu que comprova a parceria de anos. “A FMC nos ajudou a sermos hoje uma das instituições mais importantes para o agronegócio brasileiro. Somos eternamente gratos por isso”, destacou.
A associação também homenageou a FMC pelos seus 40 anos no País com entrega de uma placa para o presidente da FMC e para a gerente de relacionamento com o cliente da companhia, Maria Paula Luporini. “Tenho orgulho em ter uma associação como a de vocês e finalizo com a frase de Ariano Suassuna: O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Eu prefiro ser a realista esperançosa”, destaca a gerente.
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