Fundação Chapadão implanta os primeiros trabalhos com soja, milho e feijão via pivô central no Cerrado

17.10.2014 | 20:59 (UTC -3)

Aproveitando o período de estiagem que passa na região dos Chapadões, a Fundação Chapadão, fazendo uso do pivô central doado pela Irrigação Penápolis e Campo Vita, com ajuda do pesquisador Jefferson Anselmo, responsável pelo setor de fitotecnia, em contato com UFMS, campus Chapadão do Sul, representada pelo professor Ricardo Gava, doutor em Irrigação, construíram parcerias onde foram implantadas seis cultivares de soja. Uma com ciclo de 100, 110 e 120 dias, em três populações, e, em três diferentes manejos de irrigação: uma com reposição de 100% da água necessitada pela cultura, e outras duas com 75% e 40% de reposição, visando irrigar com custo menor de bombeamento e utilização racional da água. Isso tudo comparado com o sequeiro, que dependerá apenas das chuvas.

As atribuições das parcerias foram divididas entre as duas instituições, ficando a Fundação responsável pela implantação e condução do projeto a campo e a universidade pelo manejo do turno de rega, aproveitando o conhecimento do professor de irrigação.

O trabalho busca várias respostas: ofertar solução prática aos produtores rurais informando se há necessidade de implantação do sistema de irrigação para suprir a eventual falta de chuvas durante o ciclo de cultivo da soja na região dos chapadões. Responderá ainda qual ou quais cultivares se adaptariam, respondendo melhor à irrigação com relação à produtividade, e qual a necessidade de turno de rega destas cultivares, e por último o trabalho contempla se haverá necessidade de aumentar a população de plantas e em qual cultivar este aumento é responsivo.

Edson Borges, diretor da Fundação disse que este é o princípio de um trabalho que deverá ser repetido por três anos para ter uma média e ai com total segurança disponibilizar os resultados aos produtores. Borges afirma ainda que a continuidade deste trabalho contempla o plantio de milho safrinha, seguido de feijão no mesmo segmento, bem como outros trabalhos no setor de fitossanidade (manejo e controle de mofo branco) e curva de resposta dos fertilizantes sob as condições irrigadas. “Enfim estamos buscando soluções para uma eventual estiagem durante o período de implantação da cultura da soja e milho safrinha na região dos cerrados”, finalizou.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro