Phakopsora pachyrhizi

10.01.2025 | 16:40 (UTC -3)

Phakopsora pachyrhizi é um fungo que causa a doença conhecida como ferrugem-asiática da soja. No Brasil, é chamada de "ferrugem" devido ao aspecto enferrujado que causa nas folhas infectadas.

Culturas atacadas

A ferrugem-asiática afeta principalmente a soja, mas outras espécies do gênero Glycine e algumas leguminosas podem ser hospedeiras secundárias.

Sintomas

Os primeiros sintomas aparecem como pequenas pontuações escuras no terço inferior da planta, variando de verde-acinzentado a marrom-claro.

Essas lesões evoluem, formando saliências na face inferior da folha, conhecidas como urédias, de onde uredósporos são liberados para a disseminação da doença.

Folhas infectadas tornam-se amarelas, secam e caem prematuramente, comprometendo o enchimento dos grãos e reduzindo drasticamente a produtividade.

Etiologia e características

A ferrugem-asiática é causada pelo fungo biotrófico Phakopsora pachyrhizi, que necessita de plantas vivas para completar seu ciclo.

Sua rápida disseminação e capacidade de adaptação tornam-no um dos maiores desafios para a agricultura moderna.

Os uredósporos, estruturas reprodutivas do fungo, são responsáveis por iniciar novas infecções e se espalham amplamente por correntes de ar.

Phakopsora pachyrhizi não é transmitido por sementes e depende do vento para a dispersão de seus uredósporos.

Condições favoráveis para a infecção incluem temperaturas entre 15°C e 25°C e pelo menos seis horas de molhamento foliar.

Chuvas frequentes e umidade elevada contribuem para epidemias severas da doença.

O fungo sobrevive na entressafra em plantas vivas, tornando o vazio sanitário essencial para reduzir a inóculo inicial.

Controle

O manejo eficaz da ferrugem-asiática requer uma combinação de estratégias:

  • Vazio sanitário: período de ausência de plantas vivas de soja na entressafra para reduzir a população do fungo.
  • Cultivares resilientes e precoces: uso de variedades resistentes ou semeadas no início da época recomendada para escapar do período de maior pressão da doença.
  • Monitoramento: inspeções regulares para detectar os primeiros sinais da doença. Ferramentas como coletores de esporos ajudam na tomada de decisão quanto ao uso de fungicidas.
  • Fungicidas: aplicação preventiva ou no início dos sintomas, usando produtos de diferentes modos de ação para evitar a resistência do fungo. A rotação e mistura de fungicidas são essenciais para manter a eficácia dos tratamentos.

Para saber mais sobre Phakopsora pachyrhizi, clique em:

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