Euschistus heros, o percevejo-marrom, é uma das principais pragas agrícolas da América Latina, particularmente no Brasil. Ele também é conhecido como percevejo-da-soja devido à sua alta prevalência em culturas dessa leguminosa.
Culturas atacadas
O percevejo-marrom é uma ameaça significativa em diversas culturas agrícolas, incluindo:
- Soja: sua principal planta hospedeira.
- Milho: especialmente em safras subsequentes à soja.
- Plantas daninhas e outras culturas hospedeiras: fornecem abrigo e alimento durante o período de entressafra, contribuindo para a sobrevivência da espécie.
Biologia
O Euschistus heros é originário da região Neotropical e apresenta um ciclo de vida diretamente influenciado pelas condições climáticas e pela disponibilidade de alimento:
- Desenvolvimento: o ciclo reprodutivo é intensificado em temperaturas quentes, com maior atividade entre novembro e abril.
- Diapausa: durante os meses frios, entra em um estado de dormência, aumentando sua sobrevivência até a próxima safra.
- Reprodução: a fêmea deposita seus ovos em folhas ou caules, com uma alta taxa de eclosão sob condições favoráveis.
Ecologia
A ecologia do percevejo-marrom é marcada pela sua capacidade de explorar diferentes habitats:
- Movimentação entre culturas: após a colheita da soja, migra para culturas ou plantas daninhas próximas.
- Interação com predadores: populações de inimigos naturais, como Geocoris spp. e Lebia spp., ajudam a controlar parcialmente sua densidade populacional, especialmente em sistemas de manejo integrado.
Danos
Os danos causados pelo percevejo-marrom podem comprometer seriamente a produtividade agrícola:
- Soja: causam abortamento de vagens, redução do peso e qualidade dos grãos, além de deformações em sementes.
- Milho: danos são observados principalmente em grãos e estruturas reprodutivas.
- Impacto econômico: prejuízos diretos na colheita e custos adicionais com controle químico.
Controle
O manejo do Euschistus heros requer estratégias integradas para reduzir seu impacto nas lavouras:
- Manejo integrado de pragas (MIP): monitoramento das populações com base em níveis de ação. Uso de táticas biológicas e culturais.
- Controle químico: aplicação criteriosa de inseticidas, priorizando os momentos críticos (estádios R5.2 a R6 na soja). Redução no número de pulverizações para evitar resistência e preservar inimigos naturais.
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