A importância do planejamento do manejo de plantas daninhas na soja

Por Paulo Queiroz, Gerente de Portfólio da FMC

25.10.2021 | 20:59 (UTC -3)

Na minha trajetória na agricultura pude acompanhar de perto inúmeros casos de produtores que desde o final dos anos noventa vem sofrendo para manejar as plantas daninhas na cultura da soja. Não é de hoje que essas invasoras tiram o sono do agricultor ao prejudicar a produtividade e consequentemente a renda no final da safra. 

Diante de tamanho desafio, uma pergunta chave sempre emerge: qual o melhor momento para o controle das plantas daninhas? 

O agricultor brasileiro pode contar com excelentes ferramentas, para o efetivo controle das invasoras, tanto nos momentos anteriores ao plantio, após o cultivo estabelecido, ainda na pré-colheita. Neste contexto, a FMC oferece um portfólio flexível e robusto, que colabora com o agricultor no enfrentamento deste desafio. Nossas soluções  podem fazer parte do planejamento eficaz das operações que se realizam tanto na pré-colheita da safra anterior, bem como nos intervalos sem cobertura com os cultivos de segunda safra ou de inverno, colaborando para que o sojicultor possa realizar aplicações eficazes de manejo pré-plantio que permitem o desenvolvimento pleno da soja na próxima safra, livre da matocompetição inicial.

Uma orientação fundamental para o agricultor, é ter o domínio do calendário agrícola anual. A estratégia deve ser pensada visando executar ações durante todo o ano, de forma que a tarefa do manejo não seja feita às pressas e apenas com o cultivo em andamento. Desta forma, para ter ótimos resultados no manejo da soja, é necessário um planejamento antes do cultivo, que engloba operações no terreno antes da semeadura. Portanto, para o controle das plantas invasoras, o melhor momento para começar esse controle é a pré-colheita do ano anterior. 

O planejamento deve começar com o olhar sobre a condição da dessecação pré-colheita da soja da safra anterior, neste momento com a desfolha natural permite-se o alcance das invasoras que porventura tenham escapado no manejo anterior com aplicações dedicadas tanto ao controle das invasoras quanto a antecipação da colheita com grãos em menor percentual de umidade. Para o período do cultivo em sucessão, deve-se planejar operações de manejo que precederão o uso de herbicidas pré-emergentes ao cultivo da soja, estes por atuarem no banco de sementes, reduzem ainda mais a pressão de plantas daninhas dentro do período do cultivo da soja, momento no qual fecha-se o ciclo completo do manejo ao utilizar-se aplicações em pós-emergência do cultivo, principalmente executada com herbicidas seletivos devido a tolerância por transgenia, principalmente o glifosato.

Tal planejamento amplo, permite ao agricultor utilizar herbicidas que atuam de maneira distinta nas invasoras e consequentemente mitigam a seleção de indivíduos tolerantes a mecanismos de ação específicos. Tal cautela, faz com que o sojicultor preserve a eficácia de tais herbicidas e com isto não sofra com populações de plantas daninhas resistentes.

Na presente safra, o agricultor está enfrentando a escassez de alguns produtos, em especial, o glifosato. Certamente ao adotar um calendário de planejamento anual o sojicultor poderá estar mais preparado para eventual redução de uso de algum produto em específico.

Finalmente, para planejar o manejo, recomendo a busca de orientação de um profissional capacitado que possa definir a intervenção em todas ou em parte dos momentos citados anteriormente.

Em resumo, para que o agricultor tenha sucesso no manejo de plantas daninhas, deve-se atentar a cinco passos importantes: 

Uma nova safra é uma nova oportunidade para iniciar a execução de um bom manejo.


Paulo Queiroz, Gerente de Portfólio da FMC

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