Myochrous armatus

06.01.2025 | 13:06 (UTC -3)
Foto: Andressa Lima de Brida
Foto: Andressa Lima de Brida

Myochrous armatus, conhecido como cascudinho-da-soja, tem causado preocupação crescente entre produtores rurais. A praga afeta principalmente as lavouras de soja, mas também ataca culturas como milho e feijão.

Nomes comuns

O Myochrous armatus é comumente chamado de cascudinho-da-soja.

Em algumas regiões, é confundido com o torrãozinho (Aracanthus mourei), inseto de morfologia semelhante, mas pertencente a uma família diferente.

Culturas atacadas

Embora a soja seja a principal cultura afetada, o cascudinho-da-soja também ataca outras plantas cultivadas, como milho e feijão, além de plantas daninhas, como braquiárias e amendoim-bravo.

Biologia

Os adultos medem aproximadamente 5 mm de comprimento por 3 mm de largura, com coloração preto-fosca que pode variar de marrom a acinzentado, devido à adesão de partículas de solo ao corpo.

Apresentam comportamento de tanatose, fingindo-se de mortos quando ameaçados.

As larvas são amareladas e vivem no solo, alimentando-se de matéria orgânica e raízes de diversas plantas hospedeiras.

Ecologia

O cascudinho-da-soja é um inseto polífago, alimentando-se de diferentes plantas cultivadas e daninhas.

Possui pouca capacidade de voo. Quanto atacado, adota comportamento de tanatose, fingindo-se de morto e permanecendo imóvel.

Costuma se esconder no solo, próximo ao caule das plantas, ou sob a palhada, dificultando sua detecção e controle.

Danos

Os danos são mais severos nas fases iniciais da cultura da soja, desde a emergência até o estágio V5.

Os adultos cortam a base do caule das plântuamento e morte das plantas jovens, o que pode levar a falhas no estande e necessidade de replantio.

Em plantas mais desenvolvidas, atacam pecíolos e hastes finas, provocando murcha e seca das partes afetadas.

Controle

O manejo do cascudinho-da-soja requer estratégias integradas, incluindo:

  • Tratamento de sementes: protege as plântulas durante a fase in a mais crítica.
  • Pulverizações iniciais: aplicações noturnas, quando o inseto está mais exposto, aumentam a eficácia.
  • Uso de produtos químicos e biológicos: princípios ativos como fipronil, clorpirifós, thiametoxam e acefato têm mostrado bons resultados no controle da praga. Estudos recentes também indicam a eficácia de óleos essenciais, como os de laranja, alho e citronela, que agem como repelentes e potencializadores de inseticidas.
  • Monitoramento constante: ferramentas como o pano de batida ajudam na detecção precoce e na avaliação do nível de infestação, permitindo decisões rápidas sobre manejo.
  • Rotação de princípios ativos: evita resistência e resiliência populacional do inseto.

Para saber mais sobre Myochrous armatus, clique em:

Para saber quais pesticidas estão registrados para controle, clique em:

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