Myochrous armatus, conhecido como cascudinho-da-soja, tem causado preocupação crescente entre produtores rurais. A praga afeta principalmente as lavouras de soja, mas também ataca culturas como milho e feijão.
Nomes comuns
O Myochrous armatus é comumente chamado de cascudinho-da-soja.
Em algumas regiões, é confundido com o torrãozinho (Aracanthus mourei), inseto de morfologia semelhante, mas pertencente a uma família diferente.
Culturas atacadas
Embora a soja seja a principal cultura afetada, o cascudinho-da-soja também ataca outras plantas cultivadas, como milho e feijão, além de plantas daninhas, como braquiárias e amendoim-bravo.
Biologia
Os adultos medem aproximadamente 5 mm de comprimento por 3 mm de largura, com coloração preto-fosca que pode variar de marrom a acinzentado, devido à adesão de partículas de solo ao corpo.
Apresentam comportamento de tanatose, fingindo-se de mortos quando ameaçados.
As larvas são amareladas e vivem no solo, alimentando-se de matéria orgânica e raízes de diversas plantas hospedeiras.
Ecologia
O cascudinho-da-soja é um inseto polífago, alimentando-se de diferentes plantas cultivadas e daninhas.
Possui pouca capacidade de voo. Quanto atacado, adota comportamento de tanatose, fingindo-se de morto e permanecendo imóvel.
Costuma se esconder no solo, próximo ao caule das plantas, ou sob a palhada, dificultando sua detecção e controle.
Danos
Os danos são mais severos nas fases iniciais da cultura da soja, desde a emergência até o estágio V5.
Os adultos cortam a base do caule das plântuamento e morte das plantas jovens, o que pode levar a falhas no estande e necessidade de replantio.
Em plantas mais desenvolvidas, atacam pecíolos e hastes finas, provocando murcha e seca das partes afetadas.
Controle
O manejo do cascudinho-da-soja requer estratégias integradas, incluindo:
- Tratamento de sementes: protege as plântulas durante a fase in a mais crítica.
- Pulverizações iniciais: aplicações noturnas, quando o inseto está mais exposto, aumentam a eficácia.
- Uso de produtos químicos e biológicos: princípios ativos como fipronil, clorpirifós, thiametoxam e acefato têm mostrado bons resultados no controle da praga. Estudos recentes também indicam a eficácia de óleos essenciais, como os de laranja, alho e citronela, que agem como repelentes e potencializadores de inseticidas.
- Monitoramento constante: ferramentas como o pano de batida ajudam na detecção precoce e na avaliação do nível de infestação, permitindo decisões rápidas sobre manejo.
- Rotação de princípios ativos: evita resistência e resiliência populacional do inseto.
Para saber mais sobre Myochrous armatus, clique em:
Para saber quais pesticidas estão registrados para controle, clique em:
Newsletter Cultivar
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura