O conceito de vigor de semente varia. Definimos ele, em geral, como sendo a velocidade de emergência da semente. Ou seja, quantos dias que ela leva para irromper o solo.
O vigor tornou-se a principal justificativa para o sucesso ou fracasso do estabelecimento do estande de plantas em campo, e o período em que a semente poderia manter determinado poder germinativo durante o armazenamento. Entretanto, nunca devemos esquecer de outros atributos, como a sanidade, por exemplo. O teste de vigor é uma ferramenta cada vez mais rotineira nas indústrias sementeiras para determinar a qualidade fisiológica da semente a ser comercializada.
São vários os tipos de testes para avaliar o vigor de uma semente. Eles têm as seguintes denominações:
• Testes físicos: avaliam aspectos morfológicos, como tamanho da semente, peso unitário, densidade e coloração.
• Testes fisiológicos: avaliam atividades fisiológicas. Ex: crescimento de plântulas.
• Testes bioquímicos: avaliam alterações bioquímicas. O mais conhecido é o teste tetrazólio e o de condutividade elétrica.
• Testes de resistência: avaliam o desempenho de semente exposta a estresse. Ex: envelhecimento acelerado, teste a frio.
A eficiência dos testes de vigor, com relação aos resultados de laboratório, e a emergência das plântulas em campo, depende diretamente das condições de ambiente e dos procedimentos adotados para a semeadura. Vários autores e pesquisadores explicam que não se deve esperar uma relação consistente entre o resultado de laboratório e os de campo. Isso porque as condições de ambiente são profundamente variáveis e imprevisíveis. No entanto, os testes disponíveis permitem identificar os lotes com alto e baixo vigor.
Ao adquirir sua semente, o produtor deve cada vez mais se preocupar com o vigor, devido às variações climáticas que estamos enfrentando, principalmente na época do plantio. Uma delas, conhecida por todos, é a falta de regularidade nas chuvas e as altas temperaturas. A semente com alto índice de vigor suportará melhor estas variações, garantindo assim o estande de plantas vigorosas requerido pela cultura. Já a semente com baixo vigor, além de não suportar condições adversas, estará mais propícia ao ataque de microrganismos, facilitando então a contaminação de outras sementes.
Além disso, sementes com baixo vigor requerem maior densidade de semeadura, consumindo maior quantidade de sementes. Isso eleva o custo com o manuseio e tratamento.
Podemos observar que o custo com semente na implantação de uma lavoura é um dos itens mais baratos. Concluímos então que o produtor que dá preferência a empresas que consideram o “vigor” como fator primordial para comercializar sua semente, mesmo pagando um pouco mais, estará ganhando no final e garantindo o sucesso de sua lavoura.
Márcio Naves
Agrosem
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