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Entre os principais atributos encontrados pela nossa equipe, simplicidade e robustez se destacam na Série MF 4300, que chega ao mercado com diversas novidades e projeto alinhado com design global da Massey Ferguson.
Para este número da revista Cultivar Máquinas faremos o relato da experiência de, em primeira mão, ter testado dois novos modelos da recém-incorporada Série 4300, os tratores MF 4305 e 4306. A convite do fabricante, a equipe da Cultivar Máquinas e do Laboratório de Agrotecnologia do Núcleo de Ensaios de Máquinas Agrícolas (Nema) da Universidade Federal de Santa Maria deslocaram-se até o município de Santa Cruz do Sul, onde puderam passar um dia repleto de testes com estes novos modelos. Com este lançamento, a Massey Ferguson adquire a tão esperada uniformidade da linha e adapta-se ao que é oferecido pela marca nos principais mercados do mundo.
Estes modelos já estão sendo comercializados. Com este lançamento serão retirados da oferta os modelos MF 250XE e 255, além do MF 4265, permanecendo da tradicional linha 200 e a sua sucessora 4200 apenas os modelos das séries 4200 Xtra (4280 Xtra, 4283 Xtra, 4290 Xtra e 4292 Xtra). Por sinal, a linha 200 é uma das mais longevas ofertadas no País, que tanto contribuiu para a consolidação da marca no Brasil e que por muitos anos sustentou a liderança da marca no mercado brasileiro.
Atualmente o portfólio da Massey Ferguson no Brasil é composto de 32 modelos, distribuídos em 11 séries. A primeira série, MF 3300, reúne três modelos compactos e denominados “especiais”, como o cafeeiro etc; MF 3306, MF 3307 e MF 3308, que vão de 69cv a 89cv. Depois vem as séries que mencionamos anteriormente. Já em tratores de porte médio vem a série 4700, com três modelos, MF 4707, MF 4708 e MF 4709, de 79cv a 99cv; a seguinte série, 5700, compõe-se de dois modelos, MF 5709 e MF 5710. A quarta série é a 6700, que compreende três modelos, MF 6711, MF 6712 e MF 6713, de 115cv a 135cv, que se replica em parte da série 6700 Dyna-4, que aplica esta transmissão em dois modelos da série anterior, MF 6712 R Dyna-4 e MF 6713 R Dyna-4, nas potências de 125cv e 135cv. A quinta série é a 7200 com três modelos, de 148cv a 189cv, MF 7214, MF 7217 e MF 7219.
Já em tratores beirando ou acima de 200cv, temos a série MF 7700, com os modelos MF 7719 Dyna-6, MF 7720 Dyna-6, MF 7722 Dyna-6 e MF 7725 Dyna-6, começando em 195cv e terminando em 250cv. Por último, a série 8700 Dyna-VT, com quatro modelos, MF 8730 S Dyna-VT, MF 8732 S Dyna-VT, MF 8735 S Dyna-VT e MF 8737 S Dyna-VT desde 295cv até 370cv. Esta nova série que testamos, por ora, terá três modelos, estes dois que testamos e o 4307, com 80cv, e substituirá a série 200 Advanced, que permanecia no portfólio até este lançamento.
Este importante passo para a uniformização dos modelos com o que é ofertado pela marca em nível mundial também introduz um conceito de padronização de nomenclatura, em que mundialmente a marca adota números significativos no nome do modelo. No caso do número dos modelos que testamos, 4305 e 4306, os dois primeiros números (43) representam o tamanho e a geração do trator, enquanto os dois últimos a faixa de potência (06 = 60-69cv).
Alguns destaques podem ser mencionados, ressaltando a questão da semiplataforma adotada para superar as dificuldades dos tratores com o posto acavalado, isto é, com as alavancas de marchas e regime sobre a transmissão entre as pernas do operador. Outro destaque é a nova posição dos pesos de lastragem abaixo da linha do motor e não mais à frente, como nos modelos anteriores. Visualmente nota-se o alinhamento mundial a partir do capô rebatível e dos faróis dianteiros. Embora a dimensão seja reduzida, nota-se semelhança destes modelos com os maiores da linha, com identidade de design.
Enfim, esta nova série representa a substituição de séries tradicionais de tratores compactos, de fácil operação e manutenção, predominantemente mecânicos e que indicam a adaptação a um usuário que necessita pouco conhecimento de máquinas, às vezes complexas e com uma grande confiabilidade.
O motor que equipa esta série, formada por três modelos, é de três cilindros da marca AGCOPower, de 3.300cm3, modelo 33MEC-T3, com turbocompressor e um radiador intercooler para proporcionar potência de 57cv, 67cv e 80cv (ISO TR14396). Ainda que seja um motor de injeção mecânica, com bomba rotativa marca Delphy, ele atende as normas de emissões, baseando-se em um sistema EGR. Com este lançamento, todos os tratores da linha são equipados com a mesma marca de motor. Suprimem-se outras opções, como acontecia anteriormente.
O arrefecimento da temperatura do motor é feito por um sistema de circuito aberto com um radiador de tamanho adequado, o que nos permitiu verificar a manutenção da temperatura durante todo o período de testes. Na frente do radiador de água está instalado um de menor tamanho que serve ao intercooler. Para a filtragem do combustível, estes modelos utilizam um tradicional sistema de filtro duplo em série.
O fabricante informa que pelo tipo de injeção não há restrição de utilização de combustível, podendo-se utilizar o diesel comum S500 ou mesmo o S10.
Os modelos que possuem TDP tem embreagem dupla (uma para acionamento da transmissão e outra para o acionamento da tomada de potência), do tipo disco seco, disponível em material cerametálico ou orgânico, e acionada mecanicamente por pedal.
Os novos modelos da linha MF 4300 são equipados com transmissão mecânica do tipo engrenagens deslizantes, com oito marchas à frente e duas à ré, resultado da combinação de quatro marchas e dois grupos (alta e baixa). No entanto, o modelo 4307 possui transmissão com 12 velocidades à frente e quatro à ré. A alavanca de marcha está localizada entre as pernas do operador, junto com a alavanca de seleção dos grupos. A opção por esta transmissão, bastante conhecida e confiável, é parte do pacote tecnológico e do tipo de cliente a atender.
Evidentemente que faz falta um inversor, dadas a frequente utilização desta gama de tratores e as recentes ofertas.
As velocidades de deslocamento variam através de duas alavancas, uma de marchas e outra de grupos de 2,3km/h a 30,4km/h à frente e 3,1km/h a 12,6km/h a ré. Porém, com um grande salto entre a sexta e sétima marcha, partindo de 13,5km/h para 24,8km/h.
Quanto à posição de marchas, como ponto positivo, pode-se ressaltar o alinhamento da ré e da primeira marcha, o que é bastante adequado para estes modelos que não utilizam inversor. Embora não muito valorizado por este segmento, talvez fosse interessante melhorar um pouco o sistema, diminuindo o esforço para o engate das marchas.
A nova linha MF 4300 também apresenta como opcional o Creeper, um super-redutor acionado de forma mecânica, possibilitando uma faixa de velocidades entre 0,6km/h e 1,8km/h, utilizadas em operações especiais, que requeiram baixas velocidades de deslocamento. Não há sobreposição de velocidades entre os grupos de transmissão, ou seja, a última marcha do grupo baixo tem menor velocidade que a primeira marcha do grupo alto. Isso aumenta as chances de troca dos grupos durante o trabalho.
Há duas versões para a tomada de potência (TDP) dos tratores dessa linha. A versão standard apresenta uma TDP dependente, devendo-se acionar o pedal de embreagem até um segundo estágio para poder desconectá-la. A versão opcional, que em geral será escolhida pelos usuários (TDPi), traz uma facilidade na hora da operação, pois pode ser desacoplada independentemente da transmissão, ou seja, enquanto o trator se movimenta é possível desligar a TDP. Para ambas, a velocidade é de 540rpm na rotação de 1.900rpm do motor. Para a segurança do operador, há uma proteção metálica do tipo escudo no entorno da TDP.
Nos eixos traseiros, a redução final é do tipo planetária epicicloidal, com fixação do rodado por flange. O bloqueio do diferencial é do tipo mecânico e acionado por pedal, localizado à direita, abaixo do assento do operador. O freio de serviço é de acionamento mecânico, composto por cinco discos úmidos em cada lado do eixo traseiro. Na carcaça do eixo traseiro, há uma indicação em modo de relevo da quantidade de discos, o que representa facilidade no momento da manutenção. O freio de estacionamento é de acionamento mecânico - para ativá-lo, basta puxar uma alavanca à direita e abaixo do volante e acionar os freios de serviço, os quais são travados.
Toda a linha MF 4300 é equipada com tração dianteira auxiliar (TDA) da marca ZF, acionada mecanicamente por uma alavanca, que se move no sentido vertical, ao lado esquerdo do operador. Ainda que a ligação pudesse ser por um interruptor, este tipo de acionamento não destoa do tipo de trator e nos pareceu bastante fácil o engate. O eixo cardã passa na posição lateral, comum nesse porte de trator, pois aumenta o vão livre. Nota-se que são muito boas as proteções do cardã que transmite ao eixo dianteiro, no entanto é necessário afastar os protetores plásticos para acessar aos pontos de engraxamento.
O bloqueio do diferencial é do tipo LimitedSlip, atuando de forma automática, transferindo torque para o rodado de mais aderência, ao contrário do diferencial sem bloqueio. A transmissão de torque para os rodados ocorre por meio de juntas universais homocinéticas.
A linha MF 4300 apresenta duas bombas principais, uma exclusiva do sistema de direção e outra para as válvulas de controle remoto (VCR), sendo ambas de engrenagem, trabalhando a uma pressão máxima de 180bar. A bomba das VCR é independente e possui uma vazão de 40L/min. Também há uma bomba Isyp responsável pelo levante de três pontos, de categoria II, com filtro exclusivo e vazão de 17L/min, com a opção da segunda bomba com 42l/min, fazendo com que a vazão passe a ser de 59L/min. O acionamento ocorre por uma pequena alavanca abaixo do banco. Para quem é mais antigo na área de mecanização, lembrará que no passado os tratores que utilizavam bomba Isyp dispunham de uma chave seletora que dividia o fluxo para o sistema de três pontos ou para as válvulas VCR, neste caso não há divisão e sim soma da vazão. A versão standard destes modelos apresenta uma válvula VCR, tendo como opcional duas ou três. No teste, o trator MF 4305 estava equipado com uma VCR e o MF 4306 com duas VCRs.
Ressalta-se o oferecimento de opções para os estabilizadores dos braços do sistema hidráulico de três pontos. Nos tratores que testamos havia um com o sistema de correntes e roscas e outro do tipo telescópico. Evidentemente que nos agrada mais o segundo tipo, pela facilidade que traz no momento deste ajuste.
O controle de altura do sistema de três pontos está posicionado ao lado direito do operador, sendo a regulagem da sensibilidade de altura do sistema realizada pelo tradicional sistema Ferguson, no qual regula-se a sensibilidade, escolhendo dentre os três furos do terceiro ponto, sendo o furo inferior com menor sensibilidade e o furo superior com maior sensibilidade. A capacidade de levante a 610mm da rótula é de 2.500kgf, para os três modelos da série. Ressalta-se como ponto positivo que o fabricante colocou um filtro exclusivo para o sistema hidráulico.
O posto do operador, embora utilize o mesmo câmbio dos tratores com alavancas posicionadas entre as pernas do operador, recebeu uma estrutura do tipo semiplataforma, em que o operador tem relativa liberdade de movimentos, ficando bem mais ergonômica que a anterior alternativa.
Os espelhos foram colocados na parte inferior da capota, não dando uma boa resposta à visão para trás. Poderiam ser de maior tamanho e colocados nas laterais em posição mais inferior.
Para informação do operador, foi projetado e instalado um painel bastante simples, com um termômetro para medir a temperatura da água de arrefecimento e um medidor de volume de combustível. De outra parte, neste mesmo painel foram instaladas luzes de alerta para diversas funções e checklist do trator após o seu funcionamento.
Na parte de trás do assento e servindo também de suporte à capota foi instalado um arco de segurança de dois pontos, com a sua respectiva homologação pelo fabricante, de acordo com a norma internacional.
Também muito bem avaliada pela equipe de testes foi a posição do tubo de escape, posicionado agora na lateral direita do trator, portanto no lado contrário ao recomendado para a entrada. Nos modelos anteriores esta posição era contrária, o que poderia favorecer o acidente por queimaduras e o contato do corpo do operador, principalmente as mãos. Também foram inseridos defletores laterais de vidro para diminuir calor e ruído que chegam ao operador.
A colocação do capô rebatível apresenta boa abertura e fechamento. Como novidade, um sistema de fechamento com chave, para impedir o acesso e a abertura por pessoas que não sejam autorizadas, como prevê a norma regulamentadora (NR-12).
Reiteramos a boa proteção contra o contato de mãos, nas mangueiras de arrefecimento no lado esquerdo e na correia do alterador no lado direito. Há também uma proteção tipo escudo, colocada sobre o eixo da TDP, o que impede o fácil contato, principalmente dos pés do operador que sobe pela parte traseira do trator.
Os filtros de ar podem ser acessados facilmente para limpeza e troca, assim como o decantador de água e os filtros de combustível e de óleo e das varetas de verificação dos níveis de óleos. A nova posição do depósito de combustível, na parte traseira do assento do operador, parece facilitar o abastecimento.
Os tratores da linha 4300 que testamos têm peso total de 3.025kg e 3.575kg, respectivamente (sem lastro metálico e sem água nos pneus). O comprimento total dos tratores é de 3.851mm, largura mínima de 1.852mm e altura máxima de 2.542mm. A distância entre eixos é de 2.286mm, o que proporciona melhor manobrabilidade, com raio de giro de 4,6m, com o uso do freio individual. Esta característica de projeto se reflete em desempenho, principalmente quando se tratam de pequenas áreas. A bitola desta linha chama a atenção, com 1.571mm de distância mínima e 2.160mm de distância máxima entre as rodas traseiras, e 1.322mm de distância mínima e 1.957mm de distância máxima para as dianteiras. Além do vão livre de 340mm, proporcionado pela posição do eixo cardã ao lado esquerdo do trator.
Para a lastragem metálica frontal podem ser utilizados até oito pesos de 25kg cada, posicionados na parte inferior frontal do trator, o que diminui o comprimento total do trator, facilitando a realização de manobras em curtos espaços. No entanto, ao diminuir o comprimento do trator se diminui a ação dos pesos na estabilidade dianteira, pela redução da distância do centro destas massas em relação ao eixo dianteiro. Embora esteticamente seja mais agradável a solução, a retirada e a colocação dos pesos, nesta nova posição, dificultaram a operação de lastragem dianteira, principalmente em um modelo que deverá ter um uso bem versátil pelo pequeno produtor.
Quanto aos rodados, o modelo MF 4305 testado estava equipado com pneus diagonais da marca Pirelli, sendo os traseiros com especificação 14.9-28 R1, e os dianteiros 9.5-24 R1. O modelo MF 4306 testado também estava equipado com pneus diagonais, porém da marca Goodyear, sendo os traseiros com especificação 13.5-38 R1, e os dianteiros 12.4-24 R1. Os pneus R1 são de tração, indicados para solos mais secos ou com umidade normal e apresentam garras menores.
Com relação às capacidades, o tanque de combustível da linha 4300 é capaz de comportar 95 litros de diesel, um aumento de 38 litros na capacidade de armazenamento de combustível, proporcionado pela mudança de posição do tanque que na nova linha passa a se localizar atrás do posto do operador.
O sistema elétrico é de 12V, e conta com um alternador de 80A e bateria de 70Ah. A bateria está localizada na parte posterior ao motor do trator, sendo protegida pelo capô. O trator também conta com uma caixa porta-ferramentas, localizada próxima à bateria.
O teste da nova linha 4300 da Massey Ferguson foi realizado na propriedade de Aloísio Pedro Weber e família, localizada na cidade de Santa Cruz do Sul, localidade de Cerro Alegre Alto, estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma propriedade familiar com área total de 11,5 hectares, a qual se caracteriza pela produção de tabaco para a geração de renda, e de alimentos para a subsistência da família. Para a realização desse teste, contamos com o apoio de Giovane Luiz Weber, filho de Aloísio Pedro Weber, o qual nos mostrou como é a rotina da produção do tabaco desde a criação das mudas para transplante até o processo de secagem e comercialização. O Giovane é um influenciador digital bastante conhecido, principalmente pelos produtores de fumo da região.
Também, contamos com o apoio de Gustavo Borin, vendedor externo da Samaq Comercial de Máquinas Ltda, concessionária Massey Ferguson. Juntamente conosco estavam presentes o coordenador de Marketing de Produto Tratores da AGCO para América do Sul, Éder Dornelles Pinheiro, o especialista de Marketing de Produto Tratores da AGCO, Juan Paulo Barbieri, e o especialista de Produto da Samaq Comercial de Máquinas Ltda, Rodrigo Kaufmann.
O local escolhido para o teste era uma área de lavoura a ser preparada para a produção da cultura do tabaco, com relevo ondulado e com comprimento de trajeto suficiente para a avaliação dos modelos de tratores da linha 4300. A umidade do solo estava acima do aceitável para trabalho com maquinários, o que restringiu e dificultou um pouco a nossa avaliação.
Para os testes a campo, disponibilizamos de quatro implementos agrícolas, sendo reservados dois para cada modelo de trator testado. Primeiramente, testamos o modelo MF 4306, equipado com o braço de retroescavadeira, popularmente conhecido na região como “mão de padre”, modelo RT75 da Massey Ferguson by Woods. Nessa atividade pudemos observar a versatilidade do modelo de 65cv, o qual proporcionou o excelente desempenho do implemento que faz uso do sistema hidráulico do trator e da tomada de potência (TDP), garantindo agilidade nas atividades desempenhadas, sem falhas de operação, suavidade nos movimentos, força e estabilidade do conjunto.
A segunda operação realizada com o trator MF 4306 foi a utilização de enxada rotativa RTR 60.40 da Woods, em área não revolvida, testamos o desempenho do conjunto mecanizado e observamos a facilidade do acionamento da TDPi.
E, para o modelo MF 4305, utilizamos um escarificador de três hastes, modelo ASM 5-1.60, e uma grade de discos, modelo GH da Tatu, com 28 discos de 20” e espaçamento de 195mm entre discos. Nestas operações podemos destacar a ágil resposta do sistema de levante hidráulico ao serem acionadas as alavancas de controle de profundidade e sensibilidade.
As impressões ao operar os tratores da linha 4300 foram muito boas, destacando-se a facilidade para o acionamento dos pedais da embreagem, dos freios e da tração dianteira auxiliar. Durante o teste que utilizamos constantemente a tração dianteira auxiliar, o que mais nos chamou a atenção foi o comportamento do motor, seguidas vezes deixamos o implemento atingir toda a sua profundidade e o motor caía de rotação e logo se recuperava quando era aliviada a carga do implemento.
Vale ressaltar que a estabilidade do conjunto mecanizado, tanto com o implemento em operação, quanto suspenso para execução de manobras, é excelente, garantindo segurança e conforto ao operador. Outro ponto a destacar é o sistema de segurança de partida do motor, o qual exige que a alavanca de grupos se encontre na posição neutra para que ocorra o acionamento do motor.
A Samaq Comercial de Máquinas Ltda, concessionária Massey Ferguson, foi fundada em 28 de agosto de 1968 na cidade de Santa Cruz do Sul, pelo presidente senhor Lothar Kurt Krause. Em 51 anos de história, a Samaq, além da matriz em Santa Cruz do Sul, conta com três filiais localizadas nas cidades de Rio Pardo, Estrela e Sobradinho, abrangendo 53 municípios no estado do Rio Grande do Sul e gerando mais de 100 empregos diretos.
Com as provas de campo que realizamos com retroescavadeira, grade de discos, escarificador e enxada rotativa, vimos um grande potencial de utilização deste trator em pequenas e médias propriedades, principalmente da região Sul, e Sul e Sudeste.
Embora o terreno em que testamos este trator não estivesse em condições ótimas para receber todos estes equipamentos, pela necessidade dos produtores em ter um trator econômico e versátil, para utilizar-se com diferentes equipamentos, avaliamos como muito positiva a experiência.
Acreditamos que o ponto alto deste trator e que possa diferenciá-lo neste mercado competitivo é o motor. Durante todos os trabalhos que executamos, o sentimos muito eficiente em manter a rotação e livrar-se das dificuldades impostas pelos diferentes equipamentos. Não temos a menor dúvida em qualificar o motor como superior e suficiente para a aplicação.
Também qualificamos como positivas as soluções trazidas das séries de maior potência e que sensivelmente trouxeram melhoras em relação às séries que foram substituídas.
É um trator simples e modesto em tecnologia, porém que terá muita utilidade no campo, principalmente para aqueles produtores que necessitam de um trator robusto, de fácil operação e manutenção e que seja multitarefa.
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