Controle ideal de maturação da maçã
Amadurecimento rápido e queda de frutos na pré-colheita estão entre as características da cultura da macieira no Brasil, principalmente em relação à cultivar Gala
As plantas de rúcula se desenvolvem bem em condições de temperatura mais baixa, solos com quantidade suficiente de matéria orgânica e água disponível durante todo o crescimento vegetativo. Mas a cultura não se desenvolve em solos encharcados, portanto deve-se preparar locais apropriados para o plantio. A semeadura pode ser feita diretamente no solo ou em bandejas específicas para produção de mudas e depois transferidas para os canteiros. A colheita é feita 30 dias a 50 dias após a semeadura, quando são retiradas as folhas mais velhas ou pelo corte das plantas, em torno de 2cm acima do solo para o seu reaproveitamento. (Filgueira, 2000).
A produção é mais concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país. Apesar de ser possível a semeadura o ano inteiro, o seu desenvolvimento é favorecido por condições de temperatura menores. A alta temperatura faz com que a planta antecipe a fase reprodutiva, emitindo o pendão floral prematuramente, e como consequência, suas folhas se tornam endurecidas e mais picantes (Filgueira, 2000). Além da qualidade das mudas, o produtor de hortaliças procura sempre reduzir os custos de sua atividade. Para que isso seja possível, trabalhos são realizados no Brasil com a finalidade de aproveitar materiais disponíveis nas regiões de plantio, para adquirir o substrato para a formação de mudas de hortaliças e diminuir a participação de adubos comerciais, que nem sempre apresentam os substratos necessários, e como consequência, provoca problemas nutricionais nas plântulas (Silva et al, 2000).
Este trabalho teve por objetivo observar durante um período de aproximadamente 30 dias, o desenvolvimento da hortaliça Eruca sativa (rúcula), observando seu crescimento, em quatro diferentes tipos de amostras de solo: areia, barro, húmus de minhoca e uma mistura dos três solos em partes iguais.
O experimento
O experimento foi conduzido em João Pessoa, Paraíba, no período de 14 de fevereiro a 12 de março de 2010. Para compor a unidade experimental (média de 1kg de amostra de solo por vaso), utilizaram-se quatro amostras de solo: a primeira com barro de construção, a segunda com areia, a terceira com húmus de minhoca e a quarta com a mistura dos três anteriores em proporções iguais. As amostras foram colocadas em jarros que suportam 1kg de substrato, do mesmo tamanho, com furos no fundo para a saída da água. Foram utilizadas as amostras de solo para a espécie de hortaliça escolhida, sendo assim, no total, quatro recipientes, numerados de 1 a 4.
Em seguida foram feitas covas de aproximadamente 1cm de profundidade e depositadas oito sementes para cada cova, depois fechando-as levemente com a amostra de cada recipiente, no dia 14 de fevereiro de 2010, às 17h. Os vasos foram colocados em local arejado, sendo regados uma vez por dia com 50ml de água, no final da tarde, expostos ao sol na parte da manhã e à sombra no resto do dia. Os recipientes foram marcados e todos os dias as plantas eram medidas e seus dados anotados.
Resultados
Após dois dias obtiveram-se os primeiros resultados para Eruca sativa (rúcula): pela manhã apareceram os primeiros brotos nos recipientes com húmus de minhoca e mistura. À tarde surgiram os primeiros brotos no recipiente contendo areia, de tamanho menor que nos outros dois recipientes que continham húmus e a mistura. Por último, o recipiente com o barro não obteve nenhum resultado. Após uma semana da semeadura foram retiradas quatro amostras de cada recipiente em que houve desenvolvimento foliar, ficando assim quatro amostras em cada recipiente, menos no barro, que até o momento não havia apresentado nenhum tipo de desenvolvimento. Nota-se, primeiramente, que as amostras cultivadas no húmus resultaram em coloração mais forte (verde-escuro), aparentando estar mais desenvolvida que as dos demais recipientes. Na mistura de solos, obteve-se uma amostra de cor verde-amarelada, com desenvolvimento pouco menor que o húmus. Na areia, as amostras apresentaram o menor desenvolvimento de todos, com folhas menores e pouco crescimento.
Após duas semanas de observação, as características das amostras mudaram bastante. No húmus e na mistura a coloração ficou igual, apresentando tom verde-escuro nos dois tipos de solo, mas, na mistura, ao contrário das informações de uma semana atrás, as amostras se apresentaram muito mais desenvolvidas que no húmus, principalmente em se tratando do tamanho das folhas. Já na amostra com areia o desenvolvimento foi muito pequeno, quase não se notando o crescimento com o passar dos dias.
Um bom solo proporciona retenção de água suficiente para germinação, além de possibilitar a emergência das plântulas, contando também com atributos de boa aeração para permitir a passagem de oxigênio, que seja flexível à penetração das raízes e boa resistência em relação à fixação da planta. Além disso, deve apresentar oferta de agregação e transporte, ausência de microrganismos maléficos, riqueza em substratos essenciais, pH adequado, textura leve-média e estrutura estável para o desenvolvimento (Silva et al, 2000). Essas informações podem explicar por que as amostras no recipiente com a mistura de solos se desenvolveram melhor com o passar do tempo; pois, nesta mistura, o barro, por se agregar mais facilmente, garante resistência, a areia permite uma boa aeração e o húmus é fonte de alguns nutrientes necessários à planta. Verifica-se, também, o porquê da não germinação no recipiente com barro. Em contato com a água, o solo ficou cada vez mais compactado, impedindo a oxigenação. O substrato deve possuir características físicas, químicas e biológicas necessárias para que possa permitir pleno crescimento da espécie produzida (Setubal & A. Neto. 2000). Portanto, em um recipiente apenas com areia, será muito difícil o desenvolvimento de algumas espécies que necessitam de determinados componentes para seu desenvolvimento, visto que a areia é pobre em nutrientes.
A qualidade do substrato utilizado na produção de mudas é extremamente importante no crescimento e desenvolvimento inicial da planta e na qualificação de seu potencial produtivo. Esse fato se justifica, pois ao produzir mudas dentro de um recipiente, o crescimento da raiz e a absorção de nutrientes, ao contrário do que ocorre no solo, ficam restritos à quantidade do substrato contido no interior do recipiente utilizado. Por esse motivo, a composição química do substrato deve incluir nutrientes com condições de promover o fornecimento de substâncias à planta, sem que ocorra deficiência de qualquer elemento necessário a seu crescimento (Moreira, 2005). No entanto, pode-se observar que mesmo não repondo os nutrientes nos recipientes com húmus e mistura, o desenvolvimento da rúcula não foi afetado, tendo como base a colheita em 45 dias após o plantio, com a rúcula medindo aproximadamente 14cm a 18cm, os resultados obtidos em 27 dias, foram amostras medindo entre 10cm e 11cm (Tabela 1).
Tabela 1 - Resumo do crescimento da rúcula no período de 14 de fevereiro a 12 de março de 2010
SUBSTRATO | DIA / TAMANHO | DIA / TAMANHO | DIA / TAMANHO |
BARRO AREIA HÚMUS MISTURA
| 26/02/10 _ 0 cm 26/02/10 _ 1 cm 26/02/10 _ 3 cm 26/02/10 _ 3 cm | 05/03/10 _ 0 cm 05/03/10 _ 2 cm 05/03/10 _ 6,5 cm 05/03/10 _ 7 cm | 12/03/10 _ 0 cm 12/03/10 _ 3,2 cm 12/03/10 _ 10 cm 12/03/10 _ 11,2 cm |
SUBSTRATO
DIA / TAMANHO
DIA / TAMANHO
DIA / TAMANHO
BARRO
AREIA
HÚMUS
MISTURA
26/02/10 _ 0 cm
26/02/10 _ 1 cm
26/02/10 _ 3 cm
26/02/10 _ 3 cm
05/03/10 _ 0 cm
05/03/10 _ 2 cm
05/03/10 _ 6,5 cm
05/03/10 _ 7 cm
12/03/10 _ 0 cm
12/03/10 _ 3,2 cm
12/03/10 _ 10 cm
12/03/10 _ 11,2 cm
De acordo com Camargo (1992), em altas temperaturas as plantas podem tornar-se mais endurecidas, além de terem aroma e sabor mais fortes e se desenvolver prematuramente. Isto explica o fato de a rúcula ter germinado em dois dias após o plantio, nesta época do ano em que a temperatura é mais elevada, sabendo que, em temperaturas amenas, sua germinação se dá em torno de quatro a sete dias.
Depois dos resultados obtidos é possível afirmar que Eruca sativa (rúcula), em relação às várias amostras de solos submetidas, apresentou maior desenvolvimento no recipiente com a mistura dos três solos, o que proporcionou o melhor crescimento para a planta, devido a sua boa estrutura, aeração e nutrientes presentes. Em relação ao recipiente com húmus, houve bom desenvolvimento, mas acabou afetado pela falta de estrutura adquirida no recipiente anterior pela presença do barro (que possibilita uma maior retenção de água, indispensável para o crescimento da planta).
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A rúcula
A Eruca sativa (rúcula), também conhecida como mostarda persa, é uma hortaliça originária de regiões próximas ao Mediterrâneo. Pertence à família das crucíferas, a mesma do nabo, repolho etc. Suas folhas são alongadas e crescem em torno de 10cm a 15cm de altura. A folha é a parte consumível da planta; possui cor verde-clara a verde-escura com folhas longas, bem desenhadas e com sabor picante. É rica em vitaminas A e C, além de sais minerais, como cálcio, ferro, enxofre e potássio e ômega 3.
Clique aqui para ler o artigo na Revista Cultivar Hortaliças e Frutas edição 77.
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